domingo, 23 de março de 2008

INFÂNCIA APAGADA...
Tirei este domingo para dar um passeio por Atafona. As manchetes nos jornais, dos dias anteriores, me chamaram a atenção para o desabamento do histórico prédio do Julinho. Fui ver in loco a destruição provocada por um fenômeno natural. Estou sempre interessado nas notícias e acompanho, desde algum tempo, este fenômeno destruidor. Afinal, perdi uma casa que, há quinze, vinte anos atrás, era considerada inatingivel ao avanço do mar. Tenho bastante fotos e extenso clipping sobre o assunto. Minha casa ruiu em 2001. Rachou ao meio. Não obstante esta perda, de maior valor afetivo, por se tratar de uma herança deixada exclusivamente para mim e para meu irmão (já falecido), recebo cobranças de contas de consumo e ameaças de ser negativado no órgãos de controle de crédito, por conta da CEDAE. A Prefeitura de São João da Barra acabou de me enviar o carnet de IPTU de 2008. Estou também inscrito na dívida ativa do município. Anos atrás, entrei em contato com a Procuradoria do município e fiquei estarrecido com a falta de controle imobiliário e de vias urbanas, para não citar outros, da PMSJB. Para acrescentar essa falta de controle, aquela área do entorno do prédio de Julinho, onde minha casa situava-se, foi considerada área de risco, o que nos remete a conclusão de que não se tinha os serviços públicos essenciais, como coleta de lixo, fornecimento de água e luz, e outros demais. Vou aguardar, com parcimônia, a posição destes órgãos públicos quanto essas cobranças e ameaças indevidas, assim como aguardarei a destruição, cada vez maior e rápida, da minha infância. Hoje presenciei a Ampla e a Defesa Civil municipal trabalhando, isolando a área e desligando a energia de um poste. Não pude, por determinação de funcionários da PMSJB, chegar perto para observar mais de perto o começo do fim do histórico prédio de Julinho. Mas, trouxe algumas fotos para mostrar para você:
Ampla desligando a energia e a demarcação da PMSJB.
O Flamengo está em todas. Torcida apaixonada.
Nessa casa destruída o lamento de um anônimo.
O histórico prédio de Julinho de outro ângulo.

5 comentários:

Anônimo disse...

Essa aí do carnê de IPTU e da CEDAE é brincadeira!!!Eu estava junto com meu amigo Vitor,quando ele tirou estas fotos.Fui lá procurar a casa,e para minha surpresa,a posse já foi efetuada a mais de quinze anos por Iêmanjá.É essa mesmo!!!A rainha do mar.Manda receber o IPTU e a água com ela Vitinho!!!

Xunda Aroxa disse...

O problema, caro Rafinha, é que eles vão perder muito tempo procurando Iemanjá.

Capaz deles irem atrás dela nos terreiros de ubanda. Rs,Rs,Rs...

xacal disse...

Senhores,

O que assusta nesse caso é que o descontrole, além de gerar casos hilários como esse, com certeza traz prejuízos aos cofres públicos pela não cobrança, cobrança subestimada e invasão territorial não fiscalizada...
Parece cômico, mas é trágico

Anônimo disse...

Procure então um pai de santo,e diz que você precisa falar com ela urgentemente,para que ela possa ir na prefeitura de São João da Barra transferir o carnê para o nome dela.AH!Depois vai na CEDAE e faz o mesmo procedimento.Leva uma vela e um charuto.

Anônimo disse...

Tenho medo de estimular um super faturamento de charutos e velas.

É que eles irão "catar" Iemanjá em todos terreiros da Região. E aí, haja charutos e velas.