quarta-feira, 19 de março de 2008

Mais dois secretários de Mocaiber são denunciados
Antes, Ana Regina foi alvo de busca e apreensão. Se denúncia for acatada, Carlos Edmundo pode ser preso
O Procurador da República em Campos, Eduardo Santos Oliveira, encaminhou ontem à Justiça Federal o pedido de prisão preventiva das sete que foram presas pela Polícia Federal (PF) na última terça-feira, dia 11.
Ontem também foi apresentada denúncia à Justiça Federal de todos os envolvidos que já aviam sido detidos, além da ex-secretária Municipal de Promoção Social, Ana Regina Fernandez; do ex-secretário de Fazenda, Carlos Edmundo Ribeiro; do ex sub-secretário de Defesa Civil, Eduardo Ribeiro Neto, e do empresário Fernando Márcio Petronilho Caldas. Eles foram denunciados por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, entre outros crimes. Ao todo são agora 17 pessoas denunciados. Desses, sete ainda continuam presos no Rio de Janeiro. Os outros cinco foram soltos no último final de semana.
Ana Regina Fernandez e Carlos Edmundo, durante a operação Telhado de Vidro, foram alvo de busca e apreensão por parte da PF. Entre os integrantes do grupo com prisão preventiva pedida pelo Procurador da República, três foram assessores diretos do prefeito Alexandre Mocaiber: o ex-procurador geral Alex Campos, o ex gerente de Desenvolvimento do Município, Edílson Quintanilha; e o ex-coordenador do programa de Bolsa de Estudos e gerente do Verão em Farol de São Thomé, Francisco de Assis Rodrigues.
Outros denunciados também tinham grande importância no governo, como ex-Secretaria de Promoção Social, Ana Regina, o ex-secretário de Obras, José Luiz Puglia e o ex- Secretário de Fazenda, Carlos Edmundo. Dilcinéia Freitas, a Neinha, mesmo não tendo cargo na Prefeitura, era também da confiança de Mocaiber, além do coronel Eduardo Ribeiro Neto, que era sub-secretário. Todos os outros envolvidos são empresários ligados à Fundação José Pelúcio, à Cruz Vermelha Brasileira e à área de shows. Os presos na Operação Telhado de Vidro foram levados para o Rio em prisão provisória. Depois de ouvidos, cinco deles foram liberados.
Outros, no entanto, continuaram presos. Se o pedido de prisão preventiva for acatado, eles podem ficar presos pelo tempo que a Justiça considerar necessário. Duas pessoas continuam foragidas: Luciana Portinho, ex-presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, e a empresária Kelly Cristina.
Fonte: Folha da Manhã

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