quinta-feira, 6 de março de 2008

CÉLULA TRONCO EMBRIONÁRIA
A GRANDE POLÊMICA DO MOMENTO
Tema tão importante como esse, está sendo discutido por toda sociedade brasileira: médicos, cientistas, jornalistas, judiciário e sociedade civil organizada. Tenho uma opinião formada sobre o assunto, mas gostaria de não expressá-la publicamente. Na verdade, me causa um certo temor de que as forças contrárias a continuidade deste projeto, possam ser os grandes conglomerados farmaceuticos, que devem estar movendo seus "pauzinhos" nos bastidores das discussões. É que não os interessam deixar de faturar com a venda de medicamento e equipamentos para combater determinadas doenças, como a diabettes melittus. Pobres brasileiros, que estão submetidos as metas de crescimento dessas indústrias. Ao povo brasileiro, desfavorecidos econômicamente em sua maioria, resta torcer para que a ciência avance e a cura de várias enfermidades possam ter a cura anunciada.
Célula-tronco de um rato. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação, pesquisa
As células-tronco, também conhecidas como células-mãe ou células estaminais, são células que possuem a capacidade de se dividir dando origem a células semelhantes às progenitoras.
As células-tronco dos embriões têm ainda a capacidade de se transformar, num processo também conhecido por diferenciação celular, em outros tecidos do corpo, como ossos, nervos, músculos e sangue. Devido a essa característica, as células-tronco são importantes, principalmente na aplicação terapêutica, sendo potencialmente úteis em terapias de combate a doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, diabetes tipo-1, acidentes vasculares cerebrais, doenças hematológicas, traumas na medula espinhal e nefropatias.[carece de fontes?]
O principal objetivo das pesquisas com células-tronco é usá-las para recuperar tecidos danificados por essas doenças e traumas. São encontradas em células embrionárias e em vários locais do corpo, como no cordão umbilical, na medula óssea, no sangue, no fígado, na placenta e no líquido amniótico. Nesse último local, conforme descoberta de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Wake Forest, no estado norte-americano da Carolina do Norte, noticiada pela imprensa mundial nos primeiros dias de 2007.[1]
Extração das células-tronco

Há duas possibilidades de extração das células estaminais. Podem ser adultas ou embrionárias: Embrionárias – São encontradas no embrião humano e são classificadas como totipotentes ou pluripotentes, devido ao seu poder de diferenciação célular de outros tecidos. A utilização de células estaminais embrionárias para fins de investigação e tratamentos médicos varia de país para país, em que alguns a sua investigação e utilização é permitida, enquanto em outros países é ilegal.[carece de fontes?]

Adultas – São encontradas em diversos tecidos, como a medula óssea, sangue, fígado, cordão umbilical, placenta, e outros. Estudos recentes mostram que estas células estaminais têm uma limitação na sua capacidade de diferenciação, o que dá uma limitação de obtenção de tecidos a partir delas.

As células tronco podem se classificar de acordo com o tipo de células que podem gerar; Totipotentes: podem produzir todas as células embrionárias e extra embrionárias; Pluripotentes: podem produzir todos os tipos celulares do embrião, menos placenta e anexos; Multipotentes: podem produzir células de várias linhagens; Oligopotentes: podem produzir células dentro de uma única linhagem; Unipotentes: produzem somente um único tipo celular maduro. O que dizem as leis de alguns países sobre a clonagem de células-tronco.

África do Sul - Permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica. É o único país africano com legislação a respeito.

Alemanha - Permite a pesquisa com linhagens de células-tronco existentes e sua importação, mas proíbe a destruição de embriões.

Brasil - Permite a utilização de células-tronco produzidas a partir de embriões humanos para fins de pesquisa e terapia, desde que sejam embriões inviáveis ou estejam congelados há mais de três anos. Em todos os casos, é necessário o consentimento dos pais. A comercialização do material biológico é crime.

China - Permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica.

Cingapura - Permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica.

Coréia do Sul - Permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica.

Estados Unidos - Proíbe a aplicação de verbas do governo federal a qualquer pesquisa envolvendo embriões humanos – a exceção é feita para 19 linhagens de células-tronco derivadas antes da aprovação da lei norte-americana. Mas estados como a Califórnia permitem e patrocinam esse tipo de pesquisa - inclusive a clonagem terapêutica.

França - Não tem legislação específica, mas permite a pesquisa com linhagens existentes de células-tronco embrionárias e com embriões de descarte.

Índia - Proíbe a clonagem terapêutica, mas permite as outras pesquisas.

Israel - Permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica.

Itália - Proíbe totalmente qualquer tipo de pesquisa com células-tronco embrionárias humanas e sua importação.

Japão - Permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica. Mas a burocracia para obtenção de licença de pesquisa é tão grande que limita o número de pesquisas.

México - Único país latino-americano além do Brasil que possui lei permitindo o uso de embriões. A lei mexicana é mais liberal que a brasileira, já que permite a criação de embriões para pesquisa.

Reino Unido - Tem uma das legislações mais liberais do mundo e permite a clonagem terapêutica.

Rússia - Permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica.

Turquia - Permite pesquisas e uso de embriões de descarte, mas proíbe a clonagem terapêutica (como o Brasil).

2 comentários:

Zulma Peixinho disse...

Eventual terapia com células-tronco embrionárias humanas não poderia ser idealizada somente em função do excelente resultado obtido em camundongos, quando se constatou, à época, que “a célula-tronco embrionária é o único tipo celular capaz de se diferenciar em neurônio”. Diferentemente do observado na espécie humana, os estudos com camundongos empregam animais geneticamente idênticos (clones), o que permite a livre transferência de células-tronco embrionárias a animais adultos na ausência de rejeição.
Confirmando a inexeqüibilidade da mesma abordagem em humanos, foi recentemente declarado pela Dra. Natalia López Moratalla, catedrática de Biologia Molecular e Presidente da Associação Espanhola de Bioética e Ética Médica, que «as células-tronco embrionárias fracassaram; a esperança para os enfermos está nas células adultas» e «hoje a pesquisa derivou decididamente para o emprego das células-tronco 'adultas', que são extraídas do próprio organismo e que já estão dando resultados na cura de doentes'» (ZENIT.org).
Portanto, devemos apoiar as pesquisas com células-tronco ADULTAS, incluindo as células iPS que tiveram seu potencial de uso em terapia recentemente comprovado, pois sendo células autólogas (derivadas do próprio paciente) não precisam enfrentar a rejeição imunológica. Além disso, as células iPS não precisam mais ser obtidas com a introdução de genes ou com a utilização de retrovírus como vetor, e a sua utilização para tratamento de doenças graves independe da aprovação do Artigo 5º da Lei de Biossegurança.

Rodrigo Lempk disse...

Céluas tronco embrionárias não são as únicas que podem se diferenciar em células neuráis. As células dentárias tbm possuem essa capacidade.