segunda-feira, 29 de abril de 2013


dano-hepatico-dos-anabolizantes-e-superior-ao-potencial-beneficio-dos-hepatoprotetores-diz-dr-turibio-leite-de-barrosUSO INDEVIDO DE ESTERÓIDES PODE LEVAR A PROBLEMAS NO FÍGADO E NA PRÓSTATA, COMPROMETENDO ATÉ A FERTILIDADE.

Na busca por um corpo mais forte e mais musculoso em curto prazo, há quem faça uso de substâncias conhecidas como esteroides anabolizantes e, para tentar amenizar os efeitos prejudiciais dessas drogas no fígado, apelam aos remédios conhecidos como hepatoprotetores, alguns até fitoterápicos, mas “o dano hepático dos anabolizantes é superior ao potencial benefício dos hepatoprotetores”, alerta do fisiologista do E. C. Pinheiros e professor da Unifesp, dr. Turibio Leite de Barros (drturibio.com).

O que é, o que é?

Barros conta que, essencialmente, o que chamamos de esteroides anabolizantes são substâncias usadas, com indicação terapêutica, na reposição hormonal. Quem faz essa indicação, em sua grande maioria, é um médico endocrinologista que diagnostica a necessidade de repor um hormônio que é produzido pelo próprio organismo e que, por algum distúrbio, não está sendo feito na quantidade adequada. “E esse uso passa a ser totalmente deturpado quando utilizado com o objetivo de ganho de massa muscular ou força”, orienta o fisiologista.

A endocrinologista Claudia Chang, de São Paulo (SP), diz que síndromes metabólicas, como a obesidade, por exemplo, têm levado a uma andropausa precoce e, diferente da menopausa feminina, que apresenta diversos sintomas bem específicos, nos homens a deficiência hormonal pode demorar em ser diagnosticada, já que os principais indícios são cansaço e sono não restaurador, que podem acometer também os jovens. “Esse paciente com deficiência de testosterona precisa se tratar e a via mais usada para a reposição é a injetável”, conta.

A orientação médica é essencial para determinar não apenas a dosagem adequada ao organismo como, também, para garantir que a reposição hormonal não vá causar danos a outros órgãos, como o fígado. “Quando falamos em reposição, estamos restaurando um nível normal. Quando esse nível normal já existe, levamos uma sobrecarga ao organismo que, geralmente, vai acometer a caixa metabólica do processamento das substâncias que estão em excesso, que é o fígado. Obviamente, nos casos em que o indivíduo usa a superdosagem, vai sobrecarregar o fígado para metabolizar essa sobrecarga hormonal e aí surgem as lesões”, ensina Barros. Dessa forma, quando não usado com indicação médica, o esteroide anabolizante vai acabar afetando o funcionamento hepático e os sintomas de que algo não vai bem são bastante individualizados e podem demorar a aparecer, levando em consideração variáveis como dosagem, frequência e estado de saúde.

Claudia diz que os anabolizantes de consumo via oral são os que mais causam problemas no fígado, mas aqueles que são injetáveis também não são isentos de riscos: “eles não afetam o fígado, mas podem levar a uma hiperestimulação prostática, que pode fazer a próstata aumentar de tamanho, causar anospermia (falta de produção de esperma), alterações no nível cardíaco, agressividade etc”. E esses problemas não cessam apenas com a suspensão da medicação, o que requer orientação e acompanhamento de médicos como endocrinologista e urologista, às vezes em conjunto.

Dessa forma, uma das formas de diagnosticar problemas causados pelo uso dos esteroides é por meio de exames constantes que vão verificar como estão os hormônios, a próstata, a função hepática e suas enzimas, entre outros.

Protetores hepáticos

Na tentativa de prevenir ou minimizar problemas no fígado, muitos usuários de anabolizantes lançam mão do uso de substâncias hepatoprotetoras, algumas até usadas na fitoterapia, como silimarina, alcachofra, óleo de prímula, boldo-do-Chile, dente-de-leão, entre outras. “Essa é uma questão do âmbito de entendimento dos hepatologistas, mas o que a gente sabe é que tem muita substância que é pretensamente protetora hepática, mas que não funciona. Tem que avaliar a eficácia, porque o que existe realmente como ideia corrente é que eles não têm eficiência comprovada. Depende muito da circunstância”, destaca dr. Turibio Leite de Barros.

“Não sei dizer sobre a eficiência dos protetores hepáticos porque hoje, a única forma de uso dos anabolizantes orais é para estimular a procriação, mas ressalto que o profissional de Educação Física tem papel importante para alertar os usuários dos riscos do uso desses medicamentos sem orientação. Como geralmente o uso não é prescrito pelo médico, o aluno acaba contando ao treinador, que deve encaminhá-lo para atendimento”, orienta Claudia Chang.

Assim, mesmo que o usuário resolva fazer uso do esteroide concomitantemente ao hepato protetor, não há garantias de que o fígado realmente será preservado dos efeitos nocivos do anabolizante e também não há como preservar sua fertilidade sem passar pelo acompanhamento de um médico. Tanto que o fisiologista da Unifesp indica que, caso o indivíduo já faça uso do esteroide há algum tempo, procure um hepatologista para verificar se não há nenhum estrago instalado e, caso tenha a intenção de começar a usar a substância, que consulte um endocrinologista para se orientar sobre os riscos e saber qual a melhor conduta a ser adotada.

Atenção especial

Dr. Turibio Leite de Barros destaca que tem sido bastante frequente ouvir as pessoas dizerem que estão ingerindo “anabolizantes naturais” ou um estimulante da produção de “esteroides naturais”, e que isso não existe.

“Nenhuma dessas situações foge ao fato de que há uma substância esteroide envolvida e aí há implica todas as consequências já citadas do seu uso indevido ou é um placebo. Não existe anabolizante natural, aminoácido ou o que for que estimule a produção de esteroide. São situações frequentemente abordadas e que não ocorrem.”

Consultoria Técnica: Márcio Santos

Por Jornalismo Portal EF

quarta-feira, 24 de abril de 2013

EXERCÍCIOS NA ÁGUA DIMINUEM RISCOS DE QUEDA EM IDOSAS

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Na terceira idade, o corpo já não é mais o mesmo, porém atividades físicas na água podem afastar sintomas comuns do período, como quedas.

Segundo um estudo realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mulheres após a menopausa e praticantes de atividades físicas aquáticas de alta intensidade apresentam redução de quedas, comuns nessa idade, já que quando há a redução dos hormônios femininos, aumentam as chances de osteopenias e osteoporose.

O estudo foi feito com 108 mulheres, divididas em dois grupos e com média de idade de 59 anos e inativas, que receberam suplementação de cálcio em 500 mg/dia e vitamina D3 em 1000 UI/dia. Um grupo foi submetido a uma rotina de 24 semanas de atividade física intensa na água, enquanto o outro permaneceu sedentário, como grupo de controle. Esse primeiro time seguiu um programa de treinamento especial criado pela equipe da Unifesp, o HydrOs. Nessas atividades, a resistência da água tem a mesma função dos pesos que são usados na academia em terra firme. As séries movimentam músculos diferentes dos trabalhados na hidroginástica, que ativa as mesmas estruturas que usamos no dia a dia.

O resultado foi que essas mulheres tiveram uma redução de 86% nas suas quedas, enquanto o grupo de controle teve uma redução de 44%. Além disso, as mulheres que treinaram com o HydrOs também apresentaram maior flexibilidade e força nas mãos, costas, joelhos e quadris.

Por Jornalismo Portal EF

sábado, 20 de abril de 2013

TOMARA...

Perdi minha mãe ontem por conta de uma fratura na rótula. Os médicos descartaram qualquer procedimento invasivo por conta de sua elevada idade (95 anos) e por conta da desmineralização óssea elevada (osteprose), além de uma artrose na articulação.

Se as tão faladas células tronco realmente solucionarem problemas articulares será um grande avanço da medicina.

Confira a matéria abaixo que reproduzo do site "Bem-Estar": 

Células-tronco estão sendo usadas contra artrose no joelho

Tratamento inovador pode vir a evitar as cirurgias de implante de prótese

A Pontifica Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) está testando o implante de células-tronco no joelho para tratar a artrose, doença degenerativa que desgasta a cartilagem das articulações. As células usadas estão sendo retiradas do corpo do paciente e depois cultivadas em laboratório.

Os três pacientes que participaram da pesquisa inicial tiveram 85% de melhora na dor depois de seis meses de aplicação. As células-tronco utilizadas são de melhor qualidade e maior número, o que garante a eficácia do resultado.

O uso da nova técnica pode vir a evitar o uso de próteses no joelho, que é o tratamento mais comum que até então vem sendo usado no tratamento da artrose. Existe ainda a cirurgia de microfratura, em que são realizados pequenos buracos no osso próximo a cartilagem danificada pela artrose, a fim de liberar as células-tronco presentes na medula óssea e para promover a regeneração da cartilagem.

Esse tratamento, no entanto, é mais indicado para lesões menores, em vista do número de células-tronco que são liberadas ser pequeno.

Por Yasmin Barcellos

quinta-feira, 18 de abril de 2013

OS MITOS FAMOSOS DA NUTRIÇÃO


OS MITOS FAMOSOS DA NUTRIÇÃO


Deixe de lado os 10 mitos mais famosos sobre nutrição
 
Abandone idéias falsas para que sua dieta e seu treino rendam mais
 
As especialistas em nutrição Wendy Repovichne Janet Peterson, membros do American College of Sports Medicine, expuseram durante a 11ª Conferência Anual de Saúde e Fitness da entidade, dez mitos relacionados à nutrição. Alguns são conselhos transmitidos de geração em geração.

Diabetes tipo 2 pode ser prevenido ingerindo alimentos de baixo índice glicêmico. Altos níveis de glicose não são o que causa diabetes. A doença é causada pela resistência do corpo à insulina. Alimentos com alto índice glicêmico podem causar picos no nível de glicose, mas isso é apenas um indicador da presença de diabetes, não a raiz do problema.

Comer imediatamente após o trabalho muscular irá impulsionar a recuperação. Atletas de resistência (endurance) precisam ingerir carboidratos imediatamente após o exercício para repor os níveis de glicogênio, e uma pequena quantidade de proteína para acentuar essa reposição. Isso pode ser feito bebendo um achocolatado desnatado ou um isotônico. A proteína nesse momento não irá ajudar a construir músculos, então, para atletas de força (trabalho anaeróbico), não é preciso comer imediatamente após seu treinamento.

Pessoas com síndrome do intestino irritável devem evitar comer fibras. Há dois tipos de fibras, solúveis e insolúveis. Apenas esta última pode ser fonte de problemas. As fibras solúveis, no entanto, encontradas na maioria dos grãos, são absorvidas mais facilmente pelo corpo e podem ajudar as pessoas com a síndrome a prevenir constipações.

Ingerir porções extras de proteína é necessário para ganhar massa muscular. A menos que o corredor faça um treino significativo com peso, a proteína extra não terá nenhum efeito. Mesmo uma exigência maior do nutriente em função do treino pode ser suprida facilmente pela alimentação.

Suplementos vitamínicos são necessários para todo mundo. Com uma alimentação variada em frutas, vegetais e grãos integrais, quantidades moderadas de proteína magra e quantidade adequada de calorias, não há por que tomar suplementação. Os suplementos vitamínicos são recomendados para gestantes e pessoas com distúrbios nutricionais.

Evitar álcool. Moderação é a chave. Todo álcool é um anticoagulante, e o vinho tinto contém antioxidantes benéficos para a saúde.

Comer ovos elevará o colesterol. O mito surgiu porque a gema tem a maior concentração de colesterol do que qualquer outro alimento. Porém, não é suficiente para colocar a saúde em risco se houver moderação no consumo. Estudos sugerem que um ovo por dia não elevará o colesterol e será uma grande fonte de nutrientes.
 

Grãos marrons são de produtos integrais. Corantes e aditivos marrons podem dar aos alimentos a aparência de serem integrais. Ler os rótulos é boa dica para se certificar. Ingerir cerca de 90 g por dia de grãos ajuda a reduzir o risconde doenças do coração e diabetes.

Beber oito copos de água por dia. É preciso repor o líquido perdido a cada dia, durante a respiração, a excreção e no suor, mas isso não significa beber dois litros de água diariamente. É difícil medir a quantidade exata de água ingerida em bebidas e na alimentação. Um indicativo é a urina, se estiver amarelo escuro, beba mais água.
 

Comer carboidrato engorda. Cortar os carboidratos da dieta pode ter um benefício de redução de peso no curto prazo, devido à perda de líquido; mas comer carboidrato com moderação não ocasiona um ganho de peso diretamente. O corpo usa carboidrato como fonte de energia e um período sem ele pode causar cansaço e letargia.
 
Publicado pela revista virtual Minha Vida

quarta-feira, 17 de abril de 2013

MULHERES NA ACADEMIA: TREINAR MASCULINIZA O CORPO?

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Mulheres podem sentir um aumento no tônus muscular.

A primeira iniciativa tomada por mulheres que querem perder peso ou ficarem saradas é realizar a matrícula em uma boa academia. Porém, o medo de acabar com as curvas e a feminilidade do corpo mantém muitas delas longe dos abdominais e de “puxar ferro”, e mais próximas das esteiras e bicicletas ergométricas.

Porém, de acordo com a fisiologista Natália L. Reinecke os impactos que a academia traz para o corpo das mulheres é totalmente benéfico. “A musculação promove o fortalecimento muscular melhorando a postura, protegendo as articulações e prevenindo o desenvolvimento de doenças comuns às mulheres como a osteoporose”, relata.

O especialista em personal training pela Universidade Gama Filho, Felipe Belo, também relata que os pontos positivos vão além do condicionamento físico. “Além de ter uma diminuição do percentual de gordura corporal e ganhar flexibilidade, a autoestima da mulher aumenta”, ressalta.

Mito - Além de indicar a academia para o público feminino, principalmente acima dos 30 anos, o fisiologista Prof. Dr. Ricardo Zanuto afirma que é impossível ocorrer uma mudança extrema no corpo. “Para a mulher masculinizar o corpo é necessário que ela tome hormônios masculinos (esteroides anabolizantes) o que é completamente fora do propósito da musculação quando o objetivo é manter a saúde”, completa.

Belo afirma ainda que a sensação que as mulheres têm de ter “crescido” é causada pelo aumento do tônus muscular. “Esse aumento existe, mas não é suficiente para masculinizar o corpo. A hipertrofia é muito menor do que a que ocorre nos homens”, afirma.

Para não sentir essa mudança no corpo, a fisiologista Natália orienta um treino menos intenso. “Caso a mulher não objetive crescimento muscular, ela pode realizar um treino de resistência com mais repetições e menores cargas, sempre orientado e supervisionado por um profissional capacitado”.

Na mídia - Em uma entrevista à britânica BBC, a campeã olímpica de heptatlo Jessica Ennis contou que tinha receio na hora de realizar seus treinos. “Eu detestava treinar com pesos e sempre que podia, evitava. Queria que as pessoas me olhassem da mesma forma que olhavam as minhas amigas”, desabafou.

Mais tarde, Jessica afirmou que entendeu que o treinamento era necessário para conseguir o sucesso olímpico. “Era algo que eu tinha que fazer. Tomei uma grande decisão, pois é impossível se tornar um campeão olímpico ou campeão do mundo sem ter um programa de condicionamento", conclui.

Matéria publicada em portal Webrun

  MALHAR DEMAIS PODE CAUSAR TRANSTORNO PSIQUIÁTRICO EM ADOLESCENTES

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A rotina de muitos adolescentes inclui musculação seis vezes por semana e pesquisa diária na internet sobre exercícios e suplementação alimentar. Tudo para ficar maior e mais forte.  

As redes sociais desses jovens são similares: repleta de fotos de corpos musculosos, frases motivacionais e chacotas como "frango" ou "filé de borboleta" (jovens com menor porte muscular).

Um estudo realizado com 1.307 adolescentes e publicado no jornal americano "Pediatrics", em novembro de 2012, constatou que 90% se exercitam para ganhar músculos. Segundo a pesquisa, a enquete foi feita em Minesota (EUA). No Brasil, isso não é diferente, já que um estudo realizado pela da Universidade Federal de Santa Catarina com 641 jovens, de 11 a 17 anos, afirma que 54,3% dos garotos se declararam insatisfeitos com sua imagem.

De acordo com o profissional de Educação Física, Marcus Zimpeck, vários adolescentes que querem ganhar corpo exageram, mas não se dão conta. Para o hebiatra (médico especializado em adolescência) Alberto Mainieri, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, há um crescente exagero, não só na frequência do esforço muscular como na intensidade.

Além disso, não são mais casos isolados. Segundo ele, o excesso de treinamento nessa fase da vida é perigoso e pode caracterizar vigorexia. Quem tem o distúrbio nunca se satisfaz com o corpo e treina obsessivamente. Muitos pesquisadores consideram a vigorexia um subtipo de dismorfofobia. A dismorfofobia é uma alteração na autoimagem. No espelho, a pessoa se enxerga de forma negativa, o que não condiz com a realidade. Por isso, é importante que os pais e profissionais se atentem com esse tipo de público, e oriente à uma rotina de atividade física saudável e prazerosa, adequada aos limites do corpo de cada um.
Por Jornalismo Portal EF

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Ururau - Explosões perto da chegada da maratona de Boston matam 2 pessoas

INACREDITÁVEL!!!


Li, com grande repugna, no jornal Ururau este ato terrorista contra os atletas da Maratona de Boston. Os atentados injustificaveis que levam a morte e destrói vidas de quem nada há ver com as disputas políticas ou outros motivos. Leiam no link abaixo a matéria:
 
Ururau - Explosões perto da chegada da maratona de Boston matam 2 pessoas

quarta-feira, 10 de abril de 2013


Mulheres Empresárias discutem “Obesidade e seus riscos”


A reunião mensal da Câmara da Mulher Empresária (CME) da Associação Comercial e Industrial de (Acic) foi marcada pela palestra “Obesidade e seus riscos”, com a endocrinologista Mari Cassol Ferreira, nesta semana, no auditório da Acic.
O evento, que encerrou as atividades da CME neste ano, contou com o apoio da indústria de medicamentos Roche, que realizou, gratuitamente, testes de impedância (% de gordura do organismo) e de taxa de IMC (índice de massa corporal).

Enquanto nos Estados Unidos 30% da população é obesa, aqui no Brasil o sobrepeso chega a 30% e a obesidade ocorre em torno de 10% (13% das mulheres e em 6% dos homens). 

Como se trata de um problema ligado à vida moderna, a tendência natural no Brasil é a de que esta prevalência aumente, a menos que se consiga estabelecer medidas sociais e educativas no sentido de se prevenir a obesidade. Convém lembrar que no Japão, Suécia e Holanda - países considerados ricos - a freqüência da obesidade tem sido pequena provavelmente em função do desenvolvimento cultural destas nações o que reforça a importância dos aspectos educativos na prevenção do excesso de peso.

A obesidade é considerada uma doença multifatorial, ou seja, múltiplos fatores contribuem para o seu aparecimento e para sua manutenção.

Aí se incluem os fatores genéticos, alimentares, emocionais, culturais, sociais, mudanças de comportamento, doenças endócrinas, gasto energético com atividade física, hábitos compulsivos, etc. Mas, de uma forma geral, são duas as causas principais: um maior consumo de alimentos gordurosos e uma tendência crescente ao sedentarismo.
 
Na abordagem do paciente com excesso de peso, explica Mari Cassol Ferreira, o mais importante é identificar porque isto está acontecendo. No mundo inteiro, existe uma grande preocupação em relação à obesidade. Esta preocupação é devida não somente pelos problemas sociais e psicológicos que o excesso de peso traz, mas principalmente pelas doenças que podem estar associadas ou podem ser agravadas pela obesidade. E o que é pior, a prevalência da obesidade vem crescendo muito com características de uma verdadeira epidemia.

O RISCO DA BALANÇA

Cirurgias de redução de estômago se popularizam e já são feitas até em quem sofre de obesidade moderada.
 
Isso é bom?
 
No dia 4 de junho, a psicanalista carioca Suzana Katz, de 45 anos, internou-se no Hospital Copa D'Or, no Rio de Janeiro, para realizar um desejo de anos. Queria livrar-se, através de uma cirurgia para redução de estômago, dos muitos quilos jamais eliminados com dietas e remédios. Logo após a cirurgia, teve uma complicação: vazamento de líquido da região cortada. Teve alta, mas voltou ao hospital quatro dias depois. Vítima de uma forte infecção, entrou em coma e passou dois meses na UTI. Morreu no sábado 10 de agosto. Casos como o de Suzana não são comuns.

O índice de mortalidade desse tipo de cirurgia, a de bypass, é de 1% - menor, por exemplo, que o de 3% em cirurgias cardíacas. Assim como a psicanalista carioca, centenas de brasileiros estão abrindo mão de parte do estômago para emagrecer. Para muitos, é a única saída. E uma legião crescente vem adotando a alternativa rápida - e às vezes perigosa - para moldar a silhueta. 'As pessoas só devem optar pela operação quando sofrem de obesidade mórbida e sua vida está em risco', afirma Arthur Garrido Júnior, professor da Universidade de São Paulo e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica. 'Infelizmente, como em qualquer profissão, na nossa também há quem não siga as normas'.
 
A operação é indicada principalmente para pessoas com índice de massa corpórea (IMC) acima de 40. O IMC é o resultado da divisão do peso pela altura elevada ao quadrado. Também pode ser prescrita para quem tem IMC entre 35 e 40, além de alguma doença associada à obesidade, como apnéia do sono, hipertensão e diabetes. A psicanalista Suzana media 1,62 metro e pesava 90 quilos. Sofria de diabetes e hipertensão, mas seu índice era 34. Em tese, no caso dela, seria aconselhável insistir em outros tipos de tratamento. O cirurgião responsável, o pernambucano Carlos Saboya, integra o time de 100 membros titulares da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica. 'A Sociedade não pode se responsabilizar por ninguém, mas ele é um profissional experiente', diz Garrido, que, junto com sua equipe, já fez 4 mil operações do gênero - 16 delas fatais.
 
A obesidade é um problema sério e, a cada ano, eleva-se o número de obesos mórbidos, aqueles com 45 quilos ou mais acima do ideal. Nos anos 90, o contingente era de 500 mil. Hoje, estima-se que esteja chegando a 2 milhões, quase 1% da população. É gente que não consegue passar na roleta do ônibus, sentar-se na cadeira do cinema e, o mais importante, tem a expectativa de vida reduzida para a faixa dos 40 anos. A chance de sofrer de hipertensão ou diabetes é três vezes maior nesse grupo. Cerca de 40% dos homens são vítimas de infarto. 'A obesidade mórbida é um câncer do tecido adiposo', radicaliza Amélio de Godoy, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. 'A cirurgia é uma maneira mais eficiente de combatê-la. As consequências da obesidade são maiores que o risco da operação'.
 
Nos últimos anos, as cirurgias de redução de estômago se popularizaram numa velocidade impressionante no país. Entre 1978 e 1993, foram realizadas apenas 15 cirurgias. Em 1999, o número chegou a 900 por ano e, em 2001, a 3 mil. Isso se deve em boa parte ao fato de o SUS ter começado a cobrir os custos. A demanda é tamanha que, no Hospital das Clínicas de São Paulo, a lista de espera tem 2 mil nomes. No Hospital da Universidade de Campinas, chega a 1.000. São pessoas que, comprovadamente, vão ter a expectativa de vida aumentada com esse método. Mas há outro motivo para o avanço. 'Quem está gordo quer soluções mágicas', comenta o endocrinologista mineiro Saulo Cavalcanti, professor titular da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. 'Toda semana,recebo pessoas no consultório pedindo para ser operadas, sem precisar disso. Eu me recuso, mas muitas vão bater em outras portas e acabam encontrando os inescrupulosos da vida'.
 
Além de ser obeso mórbido, o aspirante à cirurgia deve fazer testes psicológicos. O motivo é simples: nem todo mundo conseguirá passar o resto de seus dias comendo como um passarinho. Algumas técnicas, como o bypass, reduzem o tamanho do estômago em até 90%, seccionando uma grande porção dele. A preferida dos glutões é a da 'banda gástrica', que diminui as dimensões do órgão com o uso de um anel reajustável. O paciente pode recorrer ao afrouxamento do anel caso não consiga viver sem os prazeres da mesa. O universitário fluminense Delvan Viana, de 21 anos, submeteu-se ao bypass depois de ter sofrido um infarto com apenas 20 anos. Em pouco mais de um ano, perdeu 101 dos seus 195 quilos. Antes de entrar na faca, Delvan dedicou-se a um mês de despedida. 'Eu e dois amigos fomos expulsos de uma churrascaria depois de devorarmos 10 quilos de carne', lembra, com água na boca. Atualmente, é obrigado a fazer seis refeições diárias - porque só suporta comer em pequenas quantidades. No almoço, a maior refeição do dia, ele se deleita com um pouquinho de feijão e arroz, acompanhados de grelhado e salada, mas a auto-estima está muito bem alimentada. 'Valeu a pena. Antes, ninguém queria o Delvan. Agora, o Delvan pode escolher quem ele quer', brinca o moço, certo que estará abraçando uma bela namorada em breve.
 
Nos Estados Unidos, país que experimenta tanto um aumento do número de obesos como um enaltecimento da vaidade, as cirurgias do gênero mais que dobraram em quatro anos. Foram 47.200 em 2001 e, neste ano, devem ultrapassar a casa dos 60 mil. No Brasil, apesar de serem procedimentos caros - de R$ 5 mil a R$ 15 mil, dependendo da técnica -, são eficientes, levando à redução de 10% a 50% do peso.
 
Um estudo do cirurgião José Afonso Sallet mostra que 37% dos pacientes que recorrem a outra técnica, a do balão intragástrico no estômago, têm IMC menor que 35. De risco mínimo, esse procedimento não é exatamente cirúrgico. Por um processo endoscópico, coloca-se um balão no órgão para ocupar o espaço da comida. Ele tem de ser retirado entre quatro e seis meses. No começo, era indicado apenas para quem precisava perder alguns quilos antes da cirurgia propriamente dita. 'O balão está sendo usado para fins cosméticos', critica a gastrocirurgiã Luciana El-Kadre. A gaúcha Vera Ritcher, de 47 anos, que aos 19 conquistou o segundo lugar no concurso de Miss Porto Alegre, não se conformou com os 20 quilos ganhos nos últimos dois anos. Com 1,64 metro, chegou a 86 quilos. Depois de cinco meses com o balão, já perdeu 22 e está satisfeita. 'Tomei nojo de sopa', conta. 'Passei 45 dias numa dieta líquida com iogurte, gelatina, chá e sopa'.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Participação muscular varia de acordo com a inclinação do exercício supino

Popular nas academias, o exercício supino se destina ao recrutamento primário dos músculos peitoral maior e tríceps braquial e conquista adeptos diariamente. A forma como é praticado pode acelerar o desenvolvimento muscular, pois segundo o professor Paulo Marchetti, especialista em treinamento desportivo e fisiologia do exercício e orientador dos cursos de mestrado e doutorado da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), os músculos recrutados são sempre os mesmos, mas a ênfase muda, sendo que no supino inclinado, por exemplo, sempre se vai trabalhar os músculos peitoral e deltoide anterior e “desta forma, a ativação muscular total ou de regiões do músculo são definidas pelas características mecânicas dos exercícios, sendo um dos elementos-chave para o desenvolvimento de força e a hipertrofia muscular.”


 


Assim como num cabo de guerra, no qual ora uma pessoa puxa mais do que a outra, durante a execução do supino, quem “puxa mais” é o músculo com ênfase a ser trabalhado: “o pessoal varia o exercício por causa dessa ênfase e das variações mecânicas que afetam qual músculo participa mais ou menos da atividade”, conta o professor da Unimep.


Tem que ter pegada
 

A forma de pegada da barra de supino também é determinante para a ativação de um músculo. Marchetti conta que quando se coloca as mãos próximas uma da outra, por exemplo, a ação do tríceps, que é trabalhado no supino, é maior, porque o ângulo articular do cotovelo também aumenta. Kléber Neves, profissional de educação física da Reebok Academia, da capital paulista, complementa que “uma pegada mais aberta aumenta a alavanca para o peitoral, aumentando, assim seu nível de solicitação e diminuindo a ação do tríceps. Já uma pegada média faz com que este trabalho seja dividido de forma equilibrada para ambos os músculos”.

A empunhadura adequada é aquela que envolve a barra na direção contrária dos demais dedos, evitando com que a barra role na mão. O punho, segundo o profissional da Reebok Academia, deve estar firme e nunca em extensão e o peso deve ser sustentado pelos músculos do antebraço. A posição dos membros inferiores pode não ter interferência no resultado do supino inclinado, mas quando bem posicionados promovem, segundo Neves, uma melhor acomodação da coluna, o que traz segurança e estabilidade para a prática da atividade e o aumento do desempenho.

Guiado ou não guiado?

A prática do exercício supino pode ser feita em máquina (guiado) ou livre (não-guiado). Marchetti explica que as duas formas são complementares e não concorrentes: “a ação da musculatura é sempre igual, mas no exercício livre, precisa estabilizar a articulação, então se usa também a musculatura estabilizadora. Para a hipertrofia, o exercício tanto faz, porque a carga é que importa”.

Muitos praticantes dizem preferir o exercício não-guiado e acham que ele é melhor, mas na verdade, a percepção do esforço acaba sendo aumentada com essa prática: “se faço um exercício movendo um músculo e tenho outro em isometria, que não quero treinar, minha sensação de que aquele exercício me desgastou mais é maior, mas não significa, efetivamente, que o músculo que eu queria treinar foi mais usado”, diz Marchetti.

Quem pode mais

Marchetti conta que mesmo pessoas com problemas articulares podem praticar o supino inclinado, desde que o profissional de educação física que o estiver assistindo tome o cuidado de analisar a lesão daquela pessoa para definir se o exercício é bom para ela e como deve ser praticado. O professor da Unimep ainda atenta para quatro questões essenciais para a boa prática do exercício:

- Fortalecimento do manguito rotador: é preciso se conscientizar da necessidade de fortalecimento deste músculo sempre que houver movimentos de rotação de ombro, de preferência com sobrecarga. “A probabilidade de ter lesão, seja aguda ou crônica, cai muito e é essencial para outros exercícios que trabalham o ombro também”, explica.
- Alinhamento da barra: Marchetti conta que a barra deve estar alinhada com os ombros e não com os mamilos durante a execução do exercício. “Mecanicamente, o ponto ideal para fazer o supino é com o cotovelo alinhado com o ombro, porque aí não tem rotação na articulação do ombro e não tira a ação e sobrecarga do músculo peitoral.”
- Velocidade de execução: deve ser sempre controlada. “Não posso fazer muito rápido, porque senão é pouco peso. Tem que controlar o movimento em todas as fases.”
- Excesso de sobrecarga: o instrutor deve estar presente no exercício para dar segurança, mas não pode auxiliar na prática da atividade. “Tem que ser feito sozinho. Não adianta colocar 100kg na barra e o treinador puxar 40kg na rosca direta.”

Para ter uma exigência muscular do peitoral e do tríceps braquial, Neves sugere trabalhar com o banco inclinado a 30° e mãos a uma distância que promova um ângulo de 90° na articulação do cotovelo quando a barra estiver próxima ao peitoral. Assim, a atividade fica segura e equilibrada também. A pegada adequada do punho e da mão em relação à barra, com carga adequada ao indivíduo e execução bem-feita é capaz de prevenir lesões sérias e ainda fazer com que músculos, tendões, articulações e ossos sejam fortalecidos.

Por Jornalismo Portal EF

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Exercício Físico e Pressão Arterial

EXERCÍCIO FÍSICO E PRESSÃO ARTERIAL




As doenças cardiovasculares são relativamente comuns na população geral e afetam a maioria dos adultos com idade cada vez menor. A hipertensão arterial, a dislipidemia e o tabagismo estão entre os mais expressivos fatores de risco para as doenças cardiovasculares. A hipertensão arterial conduz a um risco bem estabelecido para a doença coronariana. Um excesso de risco coronariano torna-se ainda mais evidente em sub-grupos de hipertensos, mesmo leves, mas com outros fatores de risco ou com lesões já estabelecidas em órgãos-alvo.
 
Contudo, o exercício físico pode ser benéfico para esses indivíduos. É sabido que, imediatamente depois de um período de exercício físico dinâmico, a pressão arterial do aluno hipertenso diminui para níveis inferiores aos observados antes do início do exercício.
 
A magnitude da queda de pressão também é bastante variável entre os estudos. Alguns pesquisadores observaram uma resposta média de queda de pressão arterial pós-exercício de 11 mmHg e 4 mmHg para pressão arterial sistólica e diastólica, respectivamente, em indivíduos hipertensos. Da mesma forma, outros pesquisadores relataram uma redução média de 6 mmHg para pressão arterial sistólica cerca de nove horas e 9 mmHg para pressão arterial diastólica cerca de 13 horas após um exercício físico em hipertensos leves.
 
Com isso, pode-se notar que o exercício físico pode ser benéfico para essa população de hipertensos que deseja se beneficiar da prática regular de exercícios físicos. Contudo, recomenda-se que o aluno hipertenso que deseja iniciar tal programa de atividade física procure profissionais especializados na área, que informarão sobre as avaliações iniciais e as condutas observadas durante os treinos.

Entre as principais avaliações iniciais encontra-se no teste ergométrico ou ergoespirométrico, que é caracterizado por um aumento ininterrupto de carga até a exaustão para a avaliação da resposta pressórica e possíveis alterações do eletrocardiograma. Valores elevados de pressão arterial no início do teste podem suspender a realização do mesmo. Valores normais de pressão arterial no início, mas com grandes elevações durante o teste, podem interromper sua realização, sugerindo que o aluno possui alguma alteração pressórica durante atividades com esforço.
 
Contudo, depois de feitas essa avaliação inicial e a consulta com um cardiologista, o aluno estará apto a iniciar um programa regular de atividade física sob a orientação de um professor de educação física, que passará a prescrição de treinamento físico com a intensidade, a duração e a regularidade ideais e adequadas à sua condição física para poder usufruir os benefícios circulatórios citados anteriormente.
 
Fonte: Área de Treino