quarta-feira, 17 de abril de 2013

MULHERES NA ACADEMIA: TREINAR MASCULINIZA O CORPO?

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Mulheres podem sentir um aumento no tônus muscular.

A primeira iniciativa tomada por mulheres que querem perder peso ou ficarem saradas é realizar a matrícula em uma boa academia. Porém, o medo de acabar com as curvas e a feminilidade do corpo mantém muitas delas longe dos abdominais e de “puxar ferro”, e mais próximas das esteiras e bicicletas ergométricas.

Porém, de acordo com a fisiologista Natália L. Reinecke os impactos que a academia traz para o corpo das mulheres é totalmente benéfico. “A musculação promove o fortalecimento muscular melhorando a postura, protegendo as articulações e prevenindo o desenvolvimento de doenças comuns às mulheres como a osteoporose”, relata.

O especialista em personal training pela Universidade Gama Filho, Felipe Belo, também relata que os pontos positivos vão além do condicionamento físico. “Além de ter uma diminuição do percentual de gordura corporal e ganhar flexibilidade, a autoestima da mulher aumenta”, ressalta.

Mito - Além de indicar a academia para o público feminino, principalmente acima dos 30 anos, o fisiologista Prof. Dr. Ricardo Zanuto afirma que é impossível ocorrer uma mudança extrema no corpo. “Para a mulher masculinizar o corpo é necessário que ela tome hormônios masculinos (esteroides anabolizantes) o que é completamente fora do propósito da musculação quando o objetivo é manter a saúde”, completa.

Belo afirma ainda que a sensação que as mulheres têm de ter “crescido” é causada pelo aumento do tônus muscular. “Esse aumento existe, mas não é suficiente para masculinizar o corpo. A hipertrofia é muito menor do que a que ocorre nos homens”, afirma.

Para não sentir essa mudança no corpo, a fisiologista Natália orienta um treino menos intenso. “Caso a mulher não objetive crescimento muscular, ela pode realizar um treino de resistência com mais repetições e menores cargas, sempre orientado e supervisionado por um profissional capacitado”.

Na mídia - Em uma entrevista à britânica BBC, a campeã olímpica de heptatlo Jessica Ennis contou que tinha receio na hora de realizar seus treinos. “Eu detestava treinar com pesos e sempre que podia, evitava. Queria que as pessoas me olhassem da mesma forma que olhavam as minhas amigas”, desabafou.

Mais tarde, Jessica afirmou que entendeu que o treinamento era necessário para conseguir o sucesso olímpico. “Era algo que eu tinha que fazer. Tomei uma grande decisão, pois é impossível se tornar um campeão olímpico ou campeão do mundo sem ter um programa de condicionamento", conclui.

Matéria publicada em portal Webrun

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