O TEMPO É O SENHOR DA RAZÃO!
No ano de 1996 respondi a uma ação judicial de indenização por danos a imagem movida por uma Instituição de Ensino Superior, que possui um campus sediado em nossa cidade.
O motivo dessa demanda judicial foi um editorial - por mim assinado - do informativo da Associação dos Profissionais de Educação Física de Campos, entidade que, com muita honra, dirigi por dois mandatos (de 1996 a 2002).
Teci algumas críticas no referido editorial, após esgotar todas as tentativas de uma parceria entre a APEF-Campos e a Universidade, no sentido de juntar forças para que se atingisse uma qualidade de ensino satisfatória e merecedora pelos alunos de Educação Física da Entidade.
Minha opinião foi entendida como legítima, tanto pelos magistrados da Comarca de Campos, como pelos do Tribunal de Justiça. Em seu despacho, já como sentença, o Juiz me elogia: "Muito louvável a atitude do professor Vitor Augusto longo Braz, porquê qaundo muito, supre a deficiente fiscalização que o MEC deveria exercer nas Instituições de Ensino Superior".
Quase 15 anos após, olha o que anda acontecendo em muitas Instituições de Ensino Superior no Brasil afora:
Menino de 8 anos que passou em vestibular já tem proposta de emprego, diz pai
06/03 - Redação do Último Segundo
GOIÁS - O pai de João Victor Portellinha, de 8 anos, que passou no vestibular do curso de direito da Universidade Paulista (Unip) em Goiânia (GO), contou que o filho já recebeu uma proposta de estágio de um escritório de advocacia. "Querem contratá-lo para trabalhar em Brasília", disse o pai do garoto, o empresário e estudante de direito William Ribeiro de Oliveira.
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João Victor estudou com os livros do paiSegundo Oliveira, após ver o assunto divulgado na imprensa, um advogado entrou em contato com a família por telefone e se propôs a pagar os estudos de João. "Isso eu dispensei porque não há necessidade no momento", disse.
No entanto, com relação à proposta de emprego, Portellinha afirmou que está analisando a possibilidade e cogita mudar de cidade. "Estamos a 180 km de Brasília, se for da vontade de João e se ele puder aproveitar a oportunidade, podemos nos mudar de casa sem problema algum", disse. Além de Brasília, o escritório também teria sedes em Curitiba e Brasília. Oliveira afirmou que ainda nesta quinta-feira deve discutir o contrato com a empresa.
Para ele, o possível emprego não iria interferir na infância e nos estudos do filho. "Ele tem todo o espaço e vive de forma normal". O pai, que nunca pensou em levar o menino para fazer teste de QI, acredita que ele não é superdotado, mas se dá bem nos estudos por conviver com pessoas mais velhas. "Como sua mãe é arquiteta, ele conversa muito com gente mais experiente. Além disso, as crianças de hoje estão bem mais espertas do que há alguns anos. È uma evolução", acredita.
Oliveira reiterou que está disposto a lutar pelo ingresso de Portellinha na universidade. "Eu estou convicto de que ele vai estudar. Não estou pensando em outra possibilidade", afirmou. Segundo ele, a faculdade já tinha matriculado o garoto, mas, após a divulgação do caso na mídia, voltou atrás e não quer permitir a entrada do estudante. "Não precisava dessa implicância. Deveriam deixá-lo estudar só para fazer um teste e ver se tem condições. Se não tiver, ele pára", disse.
Lei não permite
O Estatuto da Criança e do Adolescente proíbe o trabalho infantil. Em seu 60º artigo, diz que não é permitido que uma pessoa com menos de 16 anos trabalhe, salvo na condição de aprendiz. A Constituição Brasileira autoriza apenas o ingresso no mercado de trabalho a maiores de 16 anos.
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