O São Paulo de 1977
A equipe não era brilhante e a fórmula do campeonato era esdrúxula. Tanto que o vice, Atlético (MG), perdeu o título sem ter perdido uma partida sequer, assim como o Botafogo, quinto colocado. A decisão foi em partida única, no Mineirão. No tempo normal, Chicão pisa em cima do mineiro Ângelo, já caído, e não é expulso. O São Paulo levou na decisão por pênaltis, com Valdir Peres se adiantando nas cobranças. O árbitro era Arnaldo Cézar Coelho. A regra não parecia muito clara.O Coritiba de 1985 A gloriosa final do Coxa foi contra o Bangu. Que duelo! Os 20 clubes mais bem colocados num tal ranking da CBF foram reunidos em dois grupos A e B, e o campeão e o vice da Taça de Prata (similar à segunda divisão), mais 22 clubes de 22 estados estavam em outros dois. Todos tratados de forma igual. É como se hoje classificassem times da segunda e terceira divisão para uma fase final. Um espetáculo ímpar.
O Botafogo de 1995
Uma final que relembrava os anos 1960, Santos e Botafogo. Na primeira partida da final, três impedimentos mal marcados impediram que o craque do campeonato, Giovanni, saísse na cara do gol de Wagner. No segundo jogo, um assalto que repercutiu até no exterior, com um gol irregular de Túlio e outro mal anulado de Camanducaia. O ábitro, Márcio Rezende de Freitas, daria uma mão para outro campeão contestado dez anos mais tarde.
O Vasco de 2000
A CBF não podia organizar o campeonato brasileiro e sobrou para o Clube dos 13, outra organização impoluta, tal tarefa. Surgiu a Copa João Havelange, a maior competição das terras tupiniquins, com 116 clubes em uma única divisão. A fórmula era assustadora e não me arriscaria a descrevê-la. São Caetano, vindo direto do que seria a “segunda divisão” chega à final com o Vasco, que nas oitavas desclassificou o Bahia (rebaixado no ano anterior e guindado de volta com o Fluminense), e nas quartas superou o Paraná (outro da “segunda divisão”). A segunda partida da final, disputada em São Januário (como?), teve como coroação um estádio com mais gente do que poderia suportar. Grade de arquibanda desabando, gente pisoteada... Punição para o Vasco? Não, o castigo foi ter sido campeão. O Atlético (PR) de 2001
No ano seguinte à famigerada Copa João Havelange, a decisão foi um confronto com ares épicos entre o campeão e o convidado São Caetano – aliás, o de melhor campanha na primeira fase.. No mata-mata, as quartas e semifinais foram em partida única. A final, ida e volta. Junto do time do ABC, o Paraná e o Botafogo de Ribeirão Preto foram vips. Detalhe: o time que revelou doutor Sócrates e Raí havia sido rebaixado em 1999.
O Corinthians de 2005
Na manhã de domingo, o Internacional, líder do certame, acordava vice. Onze jogos anulados que renderam quatro pontos a mais para o Corinthians. Na partida decisiva contra o Inter, Fábio Costa faz pênalti em Tinga. Márcio Rezende de Freitas (aquele de 1995), não marca e dá o segundo cartão amarelo para o melhor atleta em campo. O título, então sob judice, foi conquistado com uma derrota em que os atletas, perdidos, não sabiam se podiam ou não comemorar de fato.
O SÃO PAULO DE 2007
Por mim, não entraria na lista. Mas, pra satisfazer os birrentos e justificar o post, está aqui também. Aparentemente, só se justificaria pela baixa qualidade do nível técnico da competição. Até aí, mais culpa dos outros times do que dele.
Um comentário:
Com certeza foi o Vasco. Vasco só ganha bonito título de VICE, assim mesmo atrás do Flamengo.
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