Agência Estado
O DEM entrou hoje no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com três ações para reaver os mandatos de deputados eleitos pela legenda que trocaram de partido, os chamados "infiéis". O DEM quer que o tribunal determine que Gervásio Silva (PSDB/SC), Jusmari Oliveira (PR/BA) e Walter Brito Netto (PRB PB) percam o mandato porque abandonaram a legenda depois das eleições. Estes são os primeiros processos contra infiéis no TSE.
Os três deixaram o DEM depois do dia 27 de março, data em que o tribunal respondeu à consulta sobre a titularidade dos mandatos se pertenciam aos partidos ou aos deputados e vereadores.
Walter Britto era o suplente do deputado Ronaldo Cunha Lima (PSDB/PB), que renunciou ao mandato na semana passada para evitar uma condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de homicídio. Gervásio Silva já apresentou uma justificativa para sua desfiliação: disse ter sido vítima de "grave discriminação".
Na ação do DEM, porém, está a carta de desfiliação do deputado com elogios ao partido. "Estou convicto que esta trajetória de sucesso na minha vida política só se concretizou graças ao entusiasmo, a lealdade, a dedicação, o companheirismo e a confiança das bases do partido", afirmou na carta em 8 de agosto deste ano.
Para continuarem com os mandatos, Jusmari, Gervásio e Walter Britto terão de comprovar ao TSE que foram vítimas de perseguição e que o DEM desrespeitou seus compromissos programáticos. Caso contrário, darão a vaga aos respectivos suplentes. Nos próximos dias, o PPS também pedirá a perda do mandato de um "infiel", o deputado Geraldo Resende (PMDB/MS).
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