sábado, 26 de julho de 2008

OLIMPÍADAS
Faltando apenas 13 dias para o início do maior evento desportivo do planeta o blog conta um pouco da história dessa competição que uni os povos das mais diversas nações mundiais. Por Nabil Ghorayeb No Olimpo, onde viviam os Deuses gregos era uma montanha inacessível, e no seu vale abaixo ficava a cidade de Olímpia. Hercules, filho do Deus supremo Zeus enfeitiçado pela tia Hera, matou sua mulher e filhos. Desesperado, procurou o rei Eristeu que para purificar seus pecados e evitar sua expulsão do Olimpo deu-lhe a incumbência de fazer 12 trabalhos: 1. Matar o terrível leão de Neméia; 2. Matar a terrível hidra de Lerna, de 09 cabeças; 3. Capturar, vivo, o javali de Erimento; 4. Capturar a corça de Cerínia; 5. Matar os medonhos pássaros carnívoros do lago Estínfale; 6. Limpar as cavalariças gigantescas do rei Áugias; 7. Capturar o touro branco de Creta; 8. Capturar os cavalos carnívoros de Diomedes; 9. Roubar o cinto mágico de Hipólita; 10. Capturar os bois do gigante Gerião; 11. Colher os pomos de ouro das Hespérides; 12. Finalmente o último, descer ao Inferno e raptar de lá seu guardião, o assustador cão cérbero. Hércules concluiu todas as suas tarefas, mas desgostoso com as recompensas recebidas, criou os Jogos Olímpicos em sua própria homenagem e de Zeus. A primeira Olimpíada oficial foi realizada no ano de 776 a.C. e foi determinada uma trégua sagrada por toda Grécia, durante a realização dos Jogos. A corrida era a única competição a ser disputada e os atletas corriam 600 pés ou 192,27 metros completamente nus (para comprovar que eram somente atletas homens) numa pista em forma de ferradura (U) em homenagem ao Deus Apolo. O vencedor era coberto do pó da terra da pista, que com o suor formava uma “pasta” muito valiosa, por conter os elementos de força da vitória do atleta (uma verdadeira pasta-doping !!!!). O prêmio pela vitória era uma folha de palmeira e uma coroa de ramos de uma árvore de oliveira do altar de Zeus. Apesar de falarem a mesma língua e de terem unidade cultural, os gregos antigos não tinham unidade política, encontrando-se divididos em 160 cidades-estado, ou seja, cidades com governos soberanos, que a cada quatro anos se reuniam num festival religioso na cidade de Olímpia, deixando de lado suas divergências, nos meses do verão europeu. Gradativamente o número de competições foi aumentando, até dez eventos (corrida, pentatlo, arremesso de disco, salto em distância, lançamento de dardo, luta, boxe, pancrácio, corrida de bigas e corrida de cavalos), disputados em cinco dias. Somente os cidadãos gregos livres, que nunca haviam cometido crimes, podiam competir. Apenas os homens podiam assistir às disputas, com exceção das sacerdotisas. As mulheres participavam de uma outra competição, em honra de Hera esposa de Zeus. Após a invasão da Grécia pelos romanos iniciou-se a decadência dos Jogos Olímpicos da Era Antiga e o espírito original de integração foi aos poucos sendo deixado de lado e as disputas, antes cordiais, passaram a ser encaradas como combates. A última Olimpíada da Era Antiga foi disputada em 393 d.C., quando o imperador Theodosios 1º cancelou os Jogos, proibindo a adoração a deuses. Ao todo, em 12 séculos consecutivos, foram realizados 293 Jogos Olímpicos na Antiguidade. Na era moderna os primeiros Jogos Olímpicos foram realizados em Atenas no ano de 1896 por iniciativa do educador francês Pierre de Frédy, o barão de Coubertin.

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