quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

BRIGA INTERNA DO PSDB TEM FINAL INCERTO

A briga interna instalada dentro do ninho tucano de Campos, em torno do cargo de Presidente da Fundação Municipal de Esportes (FME), transparece, pelo menos para este humilde blogueiro, com um traço emblemático forte, que envolve as eleições de outubro próximo.

De um lado o presidente da FME, três vereadores recém chegados ao Partido (PSDB), e, mais um pequeno grupo de membros do diretório tucano campista. Do outro lado, o Presidente da Executiva Municipal, ex-deputado federal Paulo Feijó, o secretário do partido, Robson Colla, o presidente da Comissão de Ética do partido, Jocelino Rocha, o “CHECK”, e mais outros membros fiéis ao ex-deputado Paulo Feijó.

Ambos os lados confirmam o apoio do Presidente da Executiva Regional, José Camilo Zito, que por sua vez, segundo comenta-se, mandou que houvesse uma reunião entre os membros do diretório, sem a presença dos vereadores, para que os participantes do ninho tucano de Campos, buscassem um entendimento em torno do imbróglio.

Reunião acontecida na CDL, nenhum acordo anunciado. Na terça-feira – dia 15/01, numa reunião com o Presidente da Executiva Regional do PSDB, José Camilo Zito, Deputado Luís Paulo Corrêa da Rocha, Márcio Fortes e demais integrantes do diretório campista e vereadores do partido, acontecida no Rio de Janeiro, em busca de um entendimento sobre a disputa interna, o consenso, mais uma vez, não aconteceu.

Nessa reunião, após a fala de Feijó, o pres. da FME, Décio Guimarães, Robson Colla e outros integrantes do diretório campista, incluindo um vereador, os dois lados lavaram a roupa suja. Os dois lados chegaram da reunião do dia 15/01 com discursos diferentes. Cada qual, de forma reservada, cantando vitória no embate.

Na verdade, o que se tem de concreto é que o presidente da executiva regional, o Zito, quer conversar com o Prefeito Alexandre Mocaiber, no próximo dia 28/01, para definir uma participação mais ampla do PSDB campista no governo municipal.

Corre nos bastidores da política local, rumores que o presidente da executiva regional, na reunião, agendada para dia 28 de janeiro com o prefeito de Campos, fará exigências de participação na máquina municipal de Campos, inviáveis politicamente para Mocaiber aceitar. Dessa forma, abrir-se-ia um dispositivo motivacional para que Zito intervisse no diretório tucano de Campos, afastando o partido da base aliada do governo Mocaiber e manobraria o PSDB de Campos para uma possível aliança com o PMDB de Anthony Garotinho.

Comenta-se que, inclusive, já houve uma tentativa de negociação com o PMDB, onde foi oferecido ao ex-deputado Paulo Feijó, a possibilidade de concorrer como vice-prefeito de Campos, numa provável composição política, que se configuraria se a ex-Governadora Rosinha Garotinho viesse encabeçar uma chapa liderada pelo PMDB. De outra forma, parece que essa composição política só acontecerá se houver uma intervenção no diretório campista do PSDB.

Comenta-se, também, a boca miúda, que toda essa briga interna do PSDB campista, está sendo patrocinada pelo prefeito Alexandre Mocaiber, numa tentativa de “aniquilar”, para não usar o termo “liquidar”, o nome de Paulo Feijó, no cenário político campista.

No entanto, o fato de maior emblema é a competição de Paulo Feijó, detentor de dois mandatos de vereador, sendo presidente da Câmara Municipal, diga-se de passagem mostrando força política, uma vez que foi opositor ferrenho do grupo liderado por Anthony Garotinho, três mandatos de deputado federal, o último com mais de 110.000 votos, sendo o segundo mais votado do PSDB do Estado do Rio, com um ex-subordinado seu, que ganhou sua confiança ao longo de 18 anos de vida pública e de prêmio um cargo executivo de terceiro escalão no governo municipal e que, por sua vez, de “agradecimento” o traiu, segundo esbraveja o ex-deputado Paulo Feijó. O primeiro round desta disputa parece que favoreceu o presidente da FME, que, de tudo, ganhou, pelo menos, mais tempo no cargo. Verdade seja dita, Paulo Feijó sofre, no momento, um desgaste político bastante emblemático. Maior liderança do partido na Região durante décadas, mostrando e demonstrando para toda cúpula do PSDB nacional, uma fidelidade partidária incomum entre a maioria dos políticos nacionais, Feijó se depara numa disputa com um ex-afilhado político, amigo de décadas, a quem sempre depositou confiança plena e, reforçando o já dito acima, foi traído pela sua “cria”. Não se vê, em relação a Feijó, um prestígio pela executiva regional do seu partido, nem de lideranças outras, também de seu partido, o que lhe imputa sinais de enfraquecimento político e pouca capacidade de articulação.

A sua eleição para vereador, com certeza, passará pelo desfecho desta disputa interna. Vamos aguardar.

5 comentários:

Anônimo disse...

O texto acima traduz com muita veracidade o que ocorre atualmente com o ex-deputado Paulo Feijó,que não conseguiu aglutinar seus seguidores,através de uma liderança descentralizadora e conciliadora.Agora sem o poder,amarga os resultados de uma liderança desastrosa ,centralizadora ,respaldada na politíca do "EU".

Anônimo disse...

Esse tal de Zito é garotinho inchado,parece que a coisa vai caminhar para o colo mijado de um garotinho.aguardem...

Anônimo disse...

Feijó foi traído pelos seus mais fiéis seguidores. O que dizer da população, quando o analisa como um político sem poder de liderança e articulação? Posso responder: pula do barco que está afundando de forma rápida.

Anônimo disse...

O esporte de Campos perdeu! Feijó perdeu! A população de Campos perdeu! Os atletas perderam! Só quem ganhou nessa briga foram os sócios do dinheiro público, originado dos gabinetes do palácio de marmore.

Anônimo disse...

Esse tal de Paulo Feijó é passado,agora eu estou com a terceira via,Cel. Porto.