INFÂNCIA LEVADA PELA NATUREZA
É com certa dose de tristeza, mas sem lamentos, que recebi nas primeiras horas da manhã de hoje, na verdade de madrugada, a notícia de que o mar tinha vencido a resistência do imóvel considerado um símbolo na Praia de Atafona, município de São João da Barra, o prédio do Julinho.
O prédio construído na década de 70 pelo empresário Júlio Ferreira da Silva, o Julinho, ruiu ontem às 16h50. Segundo noticiado em jornal de Campos "Uma nuvem de fumaça e um barulho estrondante marcaram o momento em que os alicerces — já abalados com a força das águas — cederam e o prédio caiu de pé, depois de ser atingido pelo mar, que avançou cerca de três metros entre a noite de sexta-feira e a tarde de ontem".
O desabamento do imóvel surpreendeu as expectativas da Defesa Civil que previa o acontecimento para a próxima semana, devido a um avanço de 3 metros do mar nas últimas horas.
Segundo pessoas que presenciaram ao evento: "primeiro ouviram-se estalos da estrutura cedendo. Em seguida, pedaços das paredes de vários cômodos caindo, lentamente".
Lá se foi, mar a dentro, um pedaço da minha infância, tão rica de histórias e aventuras naquele local.
Prédio de Julinho nos seus últimos momentos em pé. Foto: Folha da Manhã Prédio de Julinho em 23.03.08
2 comentários:
Estive em Atafona dez minutos antes do desmoronamento do prédio do Julinho. O mar levará o escombros e maravilhosas recordações e nos dará em troca a certeza de que a gente anda agindo muito mal com natureza, não é?
É isso aí Fátima!!!Contraste bucólico entre homem e natureza.
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