domingo, 7 de outubro de 2007

Rumo Errado

*Vitor Augusto Longo Braz O atletismo, esporte milenar e diversificado que agrega várias modalidades, podendo citar: corridas, saltos, arremessos e lançamentos. O atletismo é considerado o esporte “mãe”. Do atletismo, surgiram quase que a totalidade dos demais esportes, segundo historiadores. Segundo eles - os historiadores, as primeiras provas de competição registradas na história eram compostas de algumas das diversas modalidades do atletismo. Na história das olimpíadas o atletismo configura-se como a grande atração, a grande expectativa, a estrela do evento. As esperanças em torno das auto-superações e quebra de recordes nas diversas modalidades dos esportes que compõe o atletismo são as que mais chama a atenção de todo o mundo. O Brasil, em termos desportivos, começou a ganhar destaque e reconhecimento internacional, não só pelo futebol, mas também através de marcas alcançadas por atletas do atletismo. Vale lembrar: Ademar Ferreira, Joaquim Cruz, João do “Pulo”, entre outros tantos. O atletismo, no tocante as corridas, principalmente, basta observar, é o esporte que mais atrai adeptos desfavorecidos sócio-economicamente. As nações africanas são as que mais se destacam em corridas de rua. A Nigéria, o Quênia e outros países africanos que são economicamente considerados miseráveis são os que mais ganham corridas de rua no mundo todo. No Brasil os corredores de rua são, da mesma forma, em sua grande maioria, desfavorecidos sociais e economicamente. Muitos não têm dinheiro para comprar um tênis apropriado. Lembram da nossa atleta, cortadora de cana, que ganhou a Corrida de “São Silvestre”, uma das mais importantes do mundo, descalça. Em Campos essa realidade não é diferente. Os atletas de corrida de rua sofrem com o descaso e a falta de apoio do poder público, especificamente do gestor da pasta que tem a incumbência de incentivar e desenvolver esse esporte. Há pouco tempo atletas de ponta de Campos fizeram apelos e denúncias em um jornal local quanto à falta de apoio dado a eles, que elevam o nome de nossa cidade país afora e, de sobra, aproveitam para se aprimorarem. Coitados! A alegação sempre é a falta de verbas. Quando, quase sempre, se impõe aos solicitantes “mil” exigências para liberarem uma merreca: tem que ter associação, sindicado federação, etc. Mas, dinheiro para um comprar carro 0 Km, que segundo se noticiou em um jornal local, ao preço de R$ 38.000,00 (trinta e oito mil reais), para servir ao bem estar dos dirigentes, a verba aparece como num passe de mágica. Como promotor de quase uma centena de competições de corrida de rua em Campos, São João da Barra e Macaé, considero-me com legitimidade para falar desse descaso. Afinal, dessas quase cem corridas de rua que promovi, tive muito pouco ou quase nenhum apoio da municipalidade. Felizmente, empresas de porte como o Banco Itaú e a Unimed tiveram a sensibilidade que a municipalidade não têm. Aliás, faço uma simples pergunta aos dirigentes da FME: Onde em Campos se pratica salto em distância, salto em altura, arremesso de peso, salto com vara, arremesso de disco e outras modalidades do atletismo. Ah! Esqueci, não temos sequer uma pista de corrida e local para a prática do atletismo. Que vergonha eu sinto da minha cidade, tão rica e ao mesmo tempo tão atrasada no esporte. Bem que os dirigentes do esporte em Campos poderiam assistir a Corrida Rústica de Macuco, cidade da Região Serrana de pequeno porte e arrecadação infinitamente inferior a nossa cidade. Lá acontece uma corrida a nível nacional com total apoio da municipalidade. Participam aproximadamente 1.000 (mil) atletas de todos os lugares do País, que promovem o Turismo e o Esporte, levando a reboque o desenvolvimento econômico . Ou então, poderiam visitar Nova Friburgo, que é considerado um Centro de Excelência em atletismo, principalmente corrida de Rua. Não estou acompanhando os Jogos Estudantis de Campos, ouço apenas, de forma massiva, das críticas quanto à organização, mas não tenho condições de afirmar isso, pois não estou acompanhando este evento. Gostaria apenas de saber se durante os Jogos Estudantis de Campos, acontecerá competições de saltos, arremessos e as diversas modalidades de corrida que compõe o atletismo e, por último aonde irão acontecer. Se for na pista do 56º Batalhão de Infantaria, que os organizadores tomem cuidados especiais para não lesionarem os competidores, pois a pista não é das melhores, para ser otimista. Lembro-me da minha época de estudante secundarista. Existia todas essas modalidades do atletismo nos colégios. Posso citar: Liceu de Humanidades de Campos, Escola Técnica Federal de Campos, Centro Educacional N.S. Auxiliadora, Colégio São Salvador, etc. Acho que é viável à volta dessas diversas modalidades do atletismo que citei acima. Basta ter visão desportiva, ou buscar acessória competente, e o que é também fundamental, ter humildade para agregar profissionais que tem competência e história no esporte de Campos. Fico imaginando se os dirigentes pensam em gerir o esporte como inclusão social, como poderosa ferramenta da educação e com oportunidades para todos. Penso que estão no RUMO ERRADO.

4 comentários:

Anônimo disse...

pede a Paulo Feijó para ajudar a resolver,ele sabe colocar os trilhos nos seus devidos lugares.

Anônimo disse...

lendo o texto e o comentário,quero dizer também que este senhor citado no comentário não tem capacidade para colocar nada nos trilhos,e sim tirar os trilhos.não fez nada como deputado e depois do problema com a máfia dos sanguessugas se vendeu a este pessoal que ele dizia ser oposição.

Anônimo disse...

A PRÁTICA ESPORTIVA DEVE COMEÇAR NAS ESCOLAS E CRECHES DESDE A PRIMEIRA IDADE.INFELIZMENTE ISTO NÃO OCORRE EM CAMPOS.PROF.LUIS PAULO

Anônimo disse...

Não existe nada mais importante do que ter a oportunidade de servir a sua cidade,ao seu país,promovendo o bem da coletividade e se imortalizar através da boa vontade.É o que falta na maioria dos políticos,um abraço,José Ricardo