sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Desenvolvimento do esporte na cidade de Campos com oportunidades para todos: Como começar?

* Vitor Augusto Longo Braz Ao fazermos uma abordagem em relação ao tema em questão, nossa principal finalidade é tentar contribuir de alguma forma para o desenvolvimento do esporte campista num todo. Dessa forma, toda a ideologia apresentada neste texto configura-se em pensamento próprio. Pensamos no esporte como uma vertente da educação, ou melhor, consideramos o esporte como uma das mais poderosas ferramentas da educação, que leva a reboque de sua prática a qualidade de vida, a saúde, o turismo, a cidadania, o desenvolvimento econômico e a promoção social, onde as oportunidades oferecidas através da Educação Física são capazes de transformar cidadãos, aumentando a auto-estima, a capacidade e os horizontes através do esporte e atividade física e de lazer. Na verdade o esporte brasileiro ainda é feito de ilhas de excelência, na grande maioria dos casos. Não existe uma massificação do esporte, no sentido de estar próximo das pessoas, estar nas escolas, fazer parte do cotidiano das pessoas. Acreditamos que o esporte tem que deixar de ser restrito a um espetáculo de televisão e passar a fazer parte do dia- a- dia das pessoas. Isso é essencial para a inclusão social, a auto-estima e outros fatores de formação dos jovens. Mas para tentarmos desenvolver este tema, de forma pragmática, é necessário que apontemos algumas políticas públicas que visem o desenvolvimento do esporte como um todo. Para isso, necessário se faz, que levemos em conta a dimensão territorial e habitacional de nossa cidade. Somos uma cidade de quinhentos mil habitantes em média, e de uma extensão territorial imensa. Temos que pensar em proporcionar oportunidades para todos os cidadãos campistas. Desde os que moram em áreas centrais, até aqueles que moram na periferia e distritos distantes como: Baixada Campista (Donana, Baixa Grande, Farol de São Tomé, Tocos, etc.), na Região Norte (Morro do Coco, Cons. Josino, Vila Nova, Travessão, etc.) e na Região Sul (Tapera, Ururaí, etc.). Imaginem a quantidade de jovens em idade de iniciação desportiva, oriundos dessas localidades, muitos com talentos natos, que, no entanto, se encontram sem oportunidades e, dessa forma, excluídos de desenvolverem-se através do esporte e da atividade física. Não é raro vermos um, ou outro, atleta dessas localidades periféricas despontarem no cenário esportivo nacional, após passar de forma anônima pelo esporte em nossa cidade. Por sermos uma cidade que proporciona poucas oportunidades para esses jovens se desenvolverem nos diversos campos sociais, em particular no esporte, torna-se comum eles migrarem para a região central da cidade em busca de subsistência própria e o de sua família. Nessa esteira de injustiças sociais esses excluídos , via de regra, passam a ser os chamados “meninos de rua”, que são discriminados e passam a ser um peso para a sociedade. Nossa cidade conta com um potencial financeiro (estima-se que sejamos a 25ª cidade em arrecadação entre aproximadamente 5.565 cidades do Brasil e a 10ª em PIB, segundo foi noticiado recentemente), conta, ainda, com um potencial técnico (duas Universidades com cursos de Educação Física). Porém, o que é mais importante, no nosso entender, é a completa falta de infra-estrutura básica para permitir o desenvolvimento do esporte com um todo. Não temos sequer uma pista de atletismo. Não temos sequer um ginásio público decente para atender as necessidades das poucas equipes de ponta de Campos. Isto chega ser vergonhoso. Mas olha só que paradoxo: A Prefeitura de Campos já teve um time milionário (atletas com grandes salários) de basquete masculino e um de vôlei feminino. Essas equipes treinavam em ginásios alugados, faziam a preparação física e técnica em ginásios alugados e jogavam em ginásios alugados. Pagamos caro por essas equipes durante alguns anos. Mudou o governo e acabaram com as equipes. E aí a pergunta que fica: O que essas equipes deixaram para Campos, ou melhor, perguntando, qual foi o desenvolvimento que o esporte campista teve com essas equipes? Acabaram-se as equipes de ponta, não existe atletismo, falo em arremessos, lançamentos, saltos, corridas de pista, acabaram-se essas modalidades em Campos. Isso não é desenvolvimento, concordam? Mas gastou-se e gasta-se muito. No nosso entender Campos precisava estar dotada de infra-estrutura capaz de atender a todos os cidadãos campistas, desde aqueles da área central até àqueles moradores das áreas periféricas mais distantes. Falo em construção de complexos desportivos na baixada, em Guarús, na Região Norte, na Região Sul, além de uma Vila Olímpica nos moldes e padrões internacionais, que seja capaz de abrigar competições internacionais como algumas dos Jogos Pan Americanos. Penso em um total de sete complexos: quatro na Baixada, dois na Região Norte, e um na Região Sul, além, como citei acima, uma Vila Olímpica nos padrões internacionais. Vou mais a frente um pouco nessas minhas sugestões, para não dizer que sonho demais, ou sou utópico. Para se realizar um projeto decente e eficaz para o desenvolvimento do esporte em Campos, com a infra-estrutura necessária que citei, talvez não se gaste muito. As parcerias estão aí para serem consolidadas. Existe empresas que têm dividas sociais com a cidade (Petrobrás, Águas do Paraíba, empreiteiras diversas, e outras que estão se instalando com incentivos do município). Com um projeto sério e com vontade política tenho certeza que essas empresas gostariam de ajudar, até porque existe incentivo fiscal para empresas que investem no esporte. Ta na hora da Fundação Municipal de Esporte parar de ser “cabide” de emprego e pensar grande. São décadas de atraso, basta olhar os municípios vizinhos e menores em extensão, população (quanto mais gente, mais possibilidade de talentos) e principalmente em arrecadação, como já se encontra Macaé, Quissamã e outros. E não adianta vir com essa que Campos é várias vezes campeã dos JAI, que isso é, para quem entende e quer ver a coisa de forma mais clara, uma tremenda hipocrisia. Comentário de fontes fidedignas afirmam que atletas profissionais de vários esportes, até com passagem em Olimpíadas, de outras cidades são contratadas para representarem Campos. Chega até ser uma covardia com as outras cidades. Aí se usa a mídia para fazer “estardalhaço” em cima da conquista, numa disputa desigual e covarde, ao meu entender. Senhor presidente da FME, meu filho mais velho completou dezoito anos em junho. Sua geração passou sem ver esporte em Campos. Torço e faço votos que os meus (outros três) e os seus filhos não passem pelo mesmo. A responsabilidade é toda sua, enquanto gestor do esporte de Campos dos Goytacazes, uma da mais ricas cidades do país. Atenciosamente. Vitor Augusto Longo Braz Profissional de Educação Física e Jornalista Mestre em Comunicação e Cultura pela UFRJ Presidente da Associação dos Profissionais de Educação Física de Campos (1996 a 2000) Membro do 1º Conselho Regional de Educação Física instituído no Brasil Premiado com discóbolo de bronze pelo Presidente da República Fernando Henrique Cardoso em 01/09/03, pelos relevantes serviços prestados a Educação Física no Estado do Rio de Janeiro.

2 comentários:

Anônimo disse...

De Roberto Moraes
"É indiscutível que há, mais uma, disputa por espaços e atribuições dentro da gigantesca equipe do prefeito Mocaiber. É visível que o ex-prefeito e secretário de Indústria, Comércio e Turismo, Rockfeller de Lima invade cada vez mais, a área de promoção de competições esportivas, com a justificativa de tratar-se de eventos que têm potencial de atração turística.O presidente da Fundação Municipal de Esportes, Ivanildo Cordeiro, indicado pelo PSDB e por Feijó, está na berlinda com os seguidos fatos e eventos, muito deles organizados, pelo antigo aliado, de Feijó e do PSDB, o professor Vitor Longo Braz...."
robertomoraes.blogspot.com

Postado por Ricardo André Vasconcelos

Anônimo disse...

A atual cidade de campos está passando por grande turbulência politica no âmbito moral-pessoal,onde o maior esporte é o jogo da corrupção.
Quero ressaltar, que Campos apesar da ridícula vida politica tem um único nome que se fez capaz até os dias de hoje sem quaisquer rumores aponto de abalar sua trajetória na vida pública e pessoal.Sinto grnade orgulho de saber que este grande homem politico se sobresail por seus atos dignos,assim como todo e bom trabalhador, como um homem de respeito e cumpridor das leis que asseguram esse Brasil. Sabe-se, que não podemos fechar os olhos para a nossa grave realidade,de modo que fomos e somos notícia de cunho internacional, submetidos a vergonha de termos no seio da cidade governantes sem qualquer conceito de moral. Por tais meandros, ressalto a pessoa do então ex-deputado estadual Paulo de Souza Albernaz, que se fez e se faz presente em toda atividade desta cidade para o seu bom caminhar, sendo para muitos munícipes um bom politico e sobretudo um homem de HONRA. Sendo esse o exemplo que nos falta nessa rica prefeitura que mostra prazeirosa por seus representantes marginalizar os seus cidadãos.