"HOSPITAL FERREIRA MACHADO ATENDE ACIDENTADOS”
Por Joice Trindade Sete pessoas envolvidas no incidente do 56º Batalhão de Infantaria (BI) durante a entrega dos cartões do Vale-Alimentação da Prefeitura de Campos, foram levadas nesta quinta-feira, dia 27, para o Hospital Ferreira Machado (HFM). Deste total, três se encontram internadas em observação, recebendo total assistência médica. Os acidentados, em sua maior parte idosos, chegaram ao hospital com escoriações diversas, ferimentos e mal súbito em virtude do calor intenso, e estão no repouso do pronto-socorro. O estado delas é regular, mas não há previsão de alta. Elas passarão por nova avaliação nesta sexta-feira (28). As pessoas atendidas pelo Hospital Ferreira Machado foram: Eulália de Freitas Gomes, 62 anos; Terezinha Maria dos Santos, 59 anos; Manoel de Souza Freitas, 74 anos e Maria Cenilda Ribeiro Manhães, de 66 anos. Após o atendimento, elas saíram do hospital por conta própria. As pessoas acidentadas e que estão internadas em observação são: Maria Jucélia Ribeiro, 66 anos; Zenilda Pinheiro de Barcelos da Silva, 53 anos; e Maria Isabel de Oliveira, 59 anos. Descentralização – A entrega dos cartões do Vale-Alimentação, a partir desta sexta-feira, dia 28, passa a ser feita de forma descentralizada pela equipe de assistentes sociais da secretaria municipal de Promoção Social. A medida, adotada pela secretária Ana Regina Fernandes, tem como objetivo evitar que incidentes como o da manhã desta quinta-feira voltem a acontecer.
2 comentários:
o que deveria ser um dever social da administração pública,passou a ser uma vergonha moral.Isso é que dá querer fazer propaganda de benevolência,quando na verdade é um dever para com os mais necessitados.
DENGUE
Denomina-se dengue a enfermidade causada por um arbovírus da família Flaviviridae, gênero Flavivirus, que inclui quatro tipos imunológicos: 1, 2, 3 e 4. A dengue tem, como hospedeiro vertebrado, o homem e outros primatas, mas somente o primeiro apresenta manifestação clínica da infecção e período de viremia de aproximadamente sete dias. Nos demais primatas, a viremia é baixa e de curta duração.[1]
Provavelmente, o termo dengue é derivado da frase swahili "ki dengu pepo", que descreve os ataques causados por maus espíritos e, inicialmente, usado para descrever enfermidade que acometeu ingleses durante epidemia, que afetou as Índias Ocidentais Espanholas em 1927-1928. Foi trazida para o continente americano a partir do Velho Mundo, com a colonização no final do século XVIII. Entretanto, não é possível afirmar, pelos registros históricos, que as epidemias foram causadas pelos vírus da dengue, visto que seus sintomas são similares aos de várias outras infecções, em especial, a febre amarela[2].
Atualmente, a dengue é a arbovirose mais comum que atinge o homem, sendo responsável por cerca de 100 milhões de casos/ano em população de risco de 2,5 a 3 bilhões de seres humanos[3]. A febre hemorrágica da dengue (FHD) e síndrome de choque da dengue (SCD) atingem pelo menos 500 mil pessoas/ano, apresentando taxa de mortalidade de até 10% para pacientes hospitalizados e 30% para pacientes não tratados [2].
A dengue é endêmica no sudeste asiático e tem originado epidemias em várias partes da região tropical, em intervalos de 10 a 40 anos. Uma pandemia teve início na década dos anos 50 no sudeste asiático e, nos últimos 15 anos, vem se intensificando e se propagando pelos países tropicais do sul do Pacífico, África Oriental, ilhas do Caribe e América Latina[4].
Epidemias da forma hemorrágica da doença têm ocorrido na Ásia, a partir da década de 1950, e no sul do Pacífico, na dos 80. Entretanto, alguns autores consideram que a doença não seja tão recente, podendo ter ocorrido nos EUA, África do Sul e Ásia, no fim do século XIX e início do XX [5]. Durante a epidemia que ocorreu em Cuba, em 1981, foi relatado o primeiro de caso de dengue hemorrágica, fora do sudeste da Ásia e Pacífico. Este foi considerado o evento mais importante em relação à doença nas Américas[6]. Naquela ocasião, foram notificados 344.203 casos clínicos de dengue [3], sendo 34 mil casos de FHD [2], 10.312 das formas mais severas, 158 óbitos (101 em crianças). O custo estimado da epidemia foi de US$ 103 milhões [3].
Entre os anos 1995 e início de 2001, foram notificados à Organização Panamericana da Saúde - OPAS, por 44 países das Américas, 2.471.505 casos de dengue, dentre eles, 48.154 da forma hemorrágica e 563 óbitos. O Brasil, o México, a Colômbia, a Venezuela, a Nicarágua e Honduras apresentaram número elevado de notificações, com pequena variação ao longo do período, seguidos por Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Panamá, Porto Rico, Guiana Francesa, Suriname, Jamaica e Trinidad & Tobago. Nota-se a quase ausência de casos nos EUA, que notificaram somente sete, em 1995. A Argentina compareceu a partir de 1998 e o Paraguai, a partir de 1999. Os casos de dengue hemorrágica e óbitos acompanham a distribuição descrita acima, e parece não terem relação com os sorotipos circulantes. No Brasil, os sorotipos registrados foram o 1 e o 2. Somente no ano de 2000 registrou-se o sorotipo 3. A Guatemala notificou a circulação dos quatro sorotipos, com baixo número de casos graves e óbitos[7].
A dengue é transmitida através da picada de uma fêmea contaminada do Aedes aegypti, pois o macho se alimenta apenas de seiva de plantas. Um único mosquito desses em toda a sua vida (45 dias em média) pode contaminar até 300 pessoas.
No Brasil, existem registros de epidemias de dengue no Estado de São Paulo, que ocorreram nos anos de 1851/1853 e 1916 e no Rio de Janeiro, em 1923. Entre essa data e os anos 80, a doença foi praticamente eliminada do país, em virtude do combate ao vetor Aedes aegypti, durante campanha de erradicação da febre amarela. Observou-se a reinfestação desse vetor em 1967, provavelmente originada a partir dos países vizinhos, que não obtiveram êxito em sua erradicação [8]. Na década dos anos 80, foram registrados novos casos de dengue: em 1981 - 1982 em Boa Vista (RR); em 1986 - 1987 no Rio de Janeiro (RJ); em 1986, em Alagoas e Ceará; em 1987, em Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e São Paulo; em 1990, no Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro; em 1991, em Tocantins e, em 1992, no Estado de Mato Grosso[9].
No período de 1986 a outubro de 1999, foram registrados, no Brasil, 1.104.996 casos de dengue em dezenove dos vinte e sete Estados. Observou-se flutuação no número de casos notificados entre 1986 e 1993, seguido de aumento acentuado no número de notificações no período de 1994 a 1998, com queda em 1999.[1]
A média anual, após 1986, foi de 78.928 casos/ano, ficando acima desse valor em 1987, com 82.446 casos; em 1990, com 103.336; em 1995, com 81.608; em 1996, com 87.434; em 1997, com 135.671; em 1998, com 363.010 e 1999, com 104.658 casos.[1]
Observou-se a falta de uniformidade quanto ao modo de notificação da distribuição do número de casos, por Estado. Alguns não têm dados disponíveis, enquanto outros, como Mato Grosso, apresenta registros fragmentados, não incluindo todas as regiões. Quanto ao Estado de São Paulo, verificou-se que foram notificados os casos confirmados por exames de laboratório e, dentre os municípios, não constava o da capital.[1]
No Estado de São Paulo, a dengue foi incluída no rol das doenças de notificação compulsória, em 1986. Em 1987, foram detectados dois focos da doença na região de Araçatuba, os quais foram controlados. Na região de Ribeirão Preto, a epidemia alcançou o pico em 1991, estendendo-se pelas regiões de São José do Rio Preto, Araçatuba e Bauru, confirmando as previsões de risco crescente de ocorrência da arbovirose[10].
Em resumo, agrupando por regiões, a Sudeste foi a que registrou o maior número de casos, sendo também a de maior população e disponibilidades de recursos para diagnóstico e notificação. Seguem-se em relação à incidência de dengue as regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Norte.[1]
Em 2002, novamente o Rio de Janeiro foi castigado por uma epidemia de dengue, agora com a entrada do vírus tipo 3. Mais de 400 mil pessoas contraíram a doença na cidade e 91 morreram em todo o Estado.Foi o ano com mais casos de dengue na história do país, concentrados no Rio de Janeiro. Em 2008 a doença volta a assustar os cariocas.Na atual epidemia, já foram registrados quase 50 mil casos da doença e 55 mortes em todo o Estado, sendo 32 somente na cidade do Rio de Janeiro.
Em 10 anos, dobrou o número de Municípios infestados pelo mosquito transmissor da dengue.Segundo dados do Ministério da Saúde, entre janeiro e setembro de 2006 foram registrados 279.241 casos de dengue o equivalente a 1 caso (não fatal) para cada 30 Km ² do território desse país. Um crescimento de 26,3% em relação ao mesmo período em 2005. A maior incidência foi na Região Sudeste do Brasil. Apesar dos números, para o Governo federal não ocorre uma nova epidemia da doença no Brasil. No entanto, medidas para combater o mosquito foram tomadas – como mapeamento de focos do Aedes aegypti e orientação à população das áreas com maior risco de infestação.
A cidade de Ilha Solteira lidera o ranking da epidemia de dengue no estado de São Paulo. Segundo dados não oficiais, Ilha Solteira com pouco mais de 26 mil habitantes conta com mais de 13 mil casos da doença com 3 mortes até o mês de março de 2007. A prefeitura da cidade não manifestou preocupação alguma e divulga na imprensa que no máximo 200 pessoas tiveram dengue e que não houve qualquer caso de morte. Tal situação causa preocupação, pois a cidade conta com mais de três mil universitários de diversas partes do país e devido a movimentação destes, espalhar a doença mais ainda.
No Brasil, a ocorrência de vitimas fatais por dengue, registrados por ano foi de 1 morte para cada 567.464 km² de solo, some-se isso ao custo de um exercito de profissionais altamente treinados para pulverizar um pó anti-larva nos ralos e vasos sanitários e do uso de veículos especiais providos de atomizadores com a missão de borrifar veneno na atmosfera das habitações dos contribuintes durante o amanhecer ou no entardecer se tem uma idéia dos interesses envolvidos, são essas cifras alarmantes que obrigam o governo federal a investir milhões de dólares no combate ao mosquito.
Recentemente, houve uma epidemia de Dengue no estado do Pará, sendo que das 7000 ocorrências no estado, 400 se deram na capital Belém. No estado, 3 pessoas se encontram sob suspeita de dengue hemorrágica, sendo que uma é do município de Tucuruí e duas são da capital Belém.
Como se pôde observar, a doença foi reconhecida há aproximadamente 200 anos e tem apresentado caráter epidêmico e endêmico variado, tendendo a agravar nos últimos anos. As mudanças na dinâmica de transmissão da dengue podem ser explicadas pela baixa prevalência do vírus até recentemente, quando houve maior disponibilidade de hospedeiros humanos. O aumento da concentração humana em ambiente urbano propiciou crescimento substancial da população viral. As linhagens, que surgiram antes das aglomerações e movimentações humanas terem inicio, tinham poucas chances de causar grandes epidemias e terminavam por falta de hospedeiros susceptíveis [2]. Entretanto, as alterações ambientais de natureza antrópica têm propiciado o deslocamento e/ou dano à fauna e flora, bem como o acúmulo de detritos e de recipientes descartáveis. Paralelamente, as mudanças nas paisagens têm promovido alterações microclimáticas que parecem ter favorecido algumas espécies vetoras, em detrimento de outras, oferecendo abrigos e criadouros, bem como a disponibilidade de hospedeiros.[1]
Aplicando-se o método de estimar taxas de substituição de nucleotídeos para calcular o tempo de divergência de populações, a partir de dados conhecidos atualmente, estima-se que os quatro sorotipos do vírus da dengue tenham surgido há cerca de 2.000 anos e que o rápido aumento da população viral e a explosão da diversidade genética tenham ocorrido há, aproximadamente, 200 anos, coincidindo com o que conhecemos por emergência da dengue em registros históricos, a saber:
Primeira fase: Separação do vírus dos demais flavivírus. Esta separação pode ter ocorrido há 2000 anos.
Segunda fase: O vírus tornou-se sustentável na espécie humana. É provável que fosse, primariamente, silvestre, circulando em macacos e mudando para doença humana com transmissão em ambiente urbano, no fim do século XVIII.
Terceira fase: Em meados da década iniciada em 1950 ocorreram os primeiros casos notificados da dengue hemorrágica[2].
O impacto dessa doença sobre a população humana é notado, não só pelo desconforto que causa, como pela perda de vidas, principalmente entre crianças. Na Ásia, é a segunda causa de internações hospitalares de crianças. Há, também, prejuízos econômicos expressos em gastos com tratamento, hospitalização, controle dos vetores, absenteísmo no trabalho e perdas com turismo [3][2].
O ressurgimento da dengue, em escala global, é atribuído a diversos fatores, ainda não bem conhecidos. Os mais importantes estão relacionados a seguir:
as medidas de controle dos vetores de dengue, nos países onde são endêmicos, são poucas ou inexistentes;
o crescimento da população humana com grandes mudanças demográficas;
a expansão e alteração desordenadas do ambiente urbano, com infraestrutura sanitária deficiente, propiciando o aumento da densidade da população vetora;
o aumento acentuado no intercâmbio comercial entre múltiplos países e conseqüente aumento no número de viagens aéreas, marítimas e fluviais, favorecendo a dispersão dos vetores e dos agentes infecciosos [2].
Qualquer que seja a causa, o aumento da variabilidade genética do vírus da dengue é observação que se reveste de extrema importância porque as populações humanas estão sendo expostas a diversas cepas virais, e algumas podem escapar da proteção imunológica obtida com a exposição prévia ao sorotipo. Acresce considerar que podem surgir cepas com patogenicidade e infectividade aumentadas e que populações silvestres do vírus dengue, geneticamente diferentes, quando introduzidas em populações de hospedeiros, podem desencadear epidemias. Embora as populações de vírus com seqüências de nucleotídeos conhecidas sejam esparsas, especialmente das populações africanas, encontraram-se quatro genótipos para o DEN-2 e DEN-3 e dois para o DEN-1 e DEN-4, com diversidade máxima de aminoácidos, de aproximadamente 10% para o gene E. Mesmo não se dispondo de amostras históricas para se avaliarem as possíveis alterações genéticas através do tempo, as observações mostram que a variabilidade genética está aumentando[2].
No entanto, o fator de maior preocupação é que a diversidade genética dos quatro subtipos de vírus dengue está provavelmente ligada ao crescimento da população humana, podendo aumentar no futuro. A alta variabilidade genética do vírus pode estar relacionada com o surgimento de casos graves da doença, causados, possivelmente, pelo efeito anticorpo-dependente em resposta a populações virais geneticamente diferentes.
Quando uma pessoa é contaminada por um dos 4 vírus torna-se imune a todos os tipos de vírus durante alguns meses e posteriormente mantên-se imune, pelo resto da vida, ao tipo pelo qual foi contaminado. Se voltar a ter dengue, dessa vez um dos outros 3 tipos do vírus, há uma probabilidade maior que a doença seja mais grave que a anterior, mas não é obrigatório que aconteça.
A classificação 1, 2, 3 ou 4 não tem qualquer relação com a gravidade da doença, diz respeito à ordem da descoberta dos vírus. Cerca de 90% dos casos de dengue hemorrágica ocorrem em pessoas anteriormente contaminadas por um dos quatro tipos de vírus.
O período de incubação é de três a quinze dias após a picada. Dissemina-se pelo sangue (viremia). Os sintomas iniciais são inespecíficos como febre alta (normalmente entre 38° e 40º C) de ínicio abrupto, mal-estar, pouco apetite, dores de cabeça, musculares e nos olhos. No caso da hemorrágica, após a frebre baixar pode provocar sangramentos nas gengivas e nariz, hemorragias internas e coagulação intravascular disseminada, com danos e enfartes em vários orgãos, que são potencialmente mortais. Ocorre freqüentemente também hepatite e por vezes choque mortal devido às hemorragias abundantes para cavidades internas do corpo. Há ainda exantemas cutâneos típicos (manchas vermelhas na pele), e dores agudas das costas (origem do nome, doença “quebra-ossos”).
A síndrome de choque hemorrágico da dengue ocorre quando pessoas imunes a um sorotipo devido a infecção passada já resolvida viajam e são infectadas por outro sorotipo. Os anticorpos produzidos não são especificos suficientemente para neutralizar o novo sorotipo, mas ligam-se aos virions formando complexos que causam danos endoteliais, produzindo hemorragias mais perigosas que as da infecção inicial. A febre é o principal sintoma
As pessoas em áreas endêmicas que têm sintomas como febre alta devem consultar um médico para fazer análises sendo que o diagnóstico normalmente é feito por IVIS, isolamento viral através de inoculação de soro sanguíneo em culturas celulares; ou por sorologia esse procedimento é essencial para saber se o paciente é portador do vírus da dengue, caso confirmado, o paciente é aconselhado pelo médico a ficar em repouso e beber líquidos. É importante então evitar a automedicação, porque pode ser perigosa, já que a prescrição médica desaconselha usar remédios à base de ácido acetilsalicílico (AAS), como aspirina ou outros AINEs normalmente usados para febre, porque eles facilitam a hemorragia. Contudo, caso o nível de plaquetas desça abaixo do nivel funcional mínimo (trombocitopenia) justifica-se a transfusão desses elementos e quanto a outros remédios para a cura, ainda não existem.O controle é feito basicamente através do combate ao mosquito vetor, principalmente na fase larvar do inseto. Deve-se evitar o acúmulo de água em possíveis locais de desova dos mosquitos. Quanto à prevenção individual da doença, aconselha-se o uso de janelas teladas, além do uso de repelentes.
É importante tratar de todos os lugares onde se encontram as fases imaturas do inseto, neste caso, a água. O mosquito da dengue coloca seus ovos em lugares com água parada limpa. Embora na fase larval os insetos estejam na água, os ovos são depositados pela mãe na parede dos recipientes, aguardando a subida do nível da água para eclodirem.
Pesquisas recentes mostraram que o uso de borra de café nos locais de potencial proliferação de larvas é extremamente eficiente na aniquilação do mosquito. Cientistas da UNESP de São José do Rio Preto - Estado de São Paulo, descobriram que a larva do Mosquito da Dengue pode ser combatido através de borra de café, já utilizada. Apenas 500 microgramas são necessários para matar a larva do mosquito transmissor, sendo sugerida a utilização de 2 colheres dessa borra para cada meio copo d'água.[11]
Um dos principais problemas no combate ao mosquito é localizá-lo. Atualmente, o Ministério da Saúde Brasileiro utiliza o Índice Larvário, um método antigo, do início do século XX, cujas informações são pouco confiáveis e demoradas.
Recentemente, cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais desenvolveram um método de monitoramento do mosquito utilizando armadilhas, produto atraente, computadores de mão e mapas georeferenciados. O sistema, chamado MI Dengue, permite localizar rapidamente mosquitos nas áreas urbanas, permitindo ações de combate apenas nas áreas afetadas, com aumento da eficiência e economia de recursos.
Ainda não há vacinas para o dengue, mas a comunidade científica internacional e brasileira está trabalhando firme neste propósito. Há uma pesquisa norte americana já em fase de testes, em parceria com o governo brasileiro. Estima-se que devemos ter um imunizante contra a dengue em quatro anos. A vacina contra a dengue é mais complexa que as demais. A dengue, com quatro vírus identificados até o momento, é um desafio para os pesquisadores. É necessário fazer uma combinação de todos os vírus para que se obtenha um imunizante realmente eficaz contra a doença.
[editar] Nova epidemia
No estado do Rio de Janeiro, principalmente na capital, no ano de 2008 aconteceu uma nova epidemia, que foi mais intensa do que a primeira que aconteceu em 2002. O virus chegou ao tipo 4 da doença, lotando os hospitas e matando principalmente crianças abaixo de 15 anos. Os casos foram mais ou menos 45 mil pessoas com a doença. Houve mais de 48 mortes e mais de 30 foram na capital.
O que é dengue?
É uma virose transmitida por um tipo de mosquito (Aëdes aegypti) que pica apenas durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica de noite. A infecção pode ser causada por qualquer um dos quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do vírus do dengue, que produzem as mesmas manifestações. Em geral, o início é súbito com febre alta, dor de cabeça e muita dor no corpo. É comum a sensação de intenso cansaço, a falta de apetite e, por vezes, náuseas e vômitos. Podem aparecer manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo ou da rubéola, e prurido (coceira) no corpo. Pode ocorrer, às vezes, algum tipo de sangramento (em geral no nariz ou nas gengivas). O dengue* não é transmitido diretamente de uma pessoa para outra.
2. O que uma pessoa deve fazer se achar que está com dengue?
Procurar um Serviço de Saúde logo no começo das manifestações. Diversas doenças são muito parecidas com o dengue, e têm outro tipo de tratamento.
Beber bastante líquido, evitando-se as bebidas com cafeína (café, chá preto). Não é preciso fazer nenhuma dieta.
Não tomar remédios por conta própria. Todos os medicamentos podem ter efeitos colaterais e alguns que podem até piorar a doença. O dengue não tem tratamento específico. Os medicamentos são empregados para atenuar as manifestações (dor, febre).
Informar ao médico se estiver em uso de qualquer remédio. Alguns medicamentos utilizados no tratamento de outras doenças (Marevan®, Ticlid® etc.) podem aumentar o risco de sangramentos.
Não tomar nenhum remédio para dor ou para febre que contenha ácido acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®, Melhoral® etc.) - que pode aumentar o risco de sangramento.
Os antiinflamatórios (Voltaren®, Profenid® etc.) também não devem ser utilizados como antitérmicos pelo risco de efeitos colaterais, como hemorragia digestiva e reações alérgicas.
Os remédios que contém dipirona (Novalgina®, Dorflex®, Anador® etc.) devem ser evitados sem prescrição médica, pois podem diminuir a pressão ou, às vezes, causar manchas de pele parecidas com as do dengue.
O paracetamol (Dôrico®, Tylenol® etc.), mais utilizado para tratar a dor e a febre no dengue, deve ser tomado rigorosamente nas doses e no intervalo prescritos pelo médico, uma vez que em doses muito altas pode causar lesão hepática.
3. Como é feito o diagnóstico de dengue?
O diagnóstico inicial de dengue é clínico (história + exame físico da pessoa) feito essencialmente por exclusão de outras doenças. É muito importante, por exemplo, saber se a pessoa não está com doença meningocócica (meningite ou meningococcemia) ou leptospirose que são tratáveis com antibióticos. Feito o diagnóstico clínico de dengue, alguns exames (hematócrito, contagem de plaquetas) podem trazer informações úteis quando analisados por um médico, mas não comprovam o diagnóstico, uma vez que também podem estar alterados em várias outras infecções. A comprovação do diagnóstico, se for desejada por algum motivo, pode ser feita através de sorologia (exame que detecta a presença de anticorpos contra o vírus do dengue), que começa a ficar reativa ("positiva") a partir do quarto dia de doença.
4. É necessário esperar o resultado de exames para iniciar o tratamento?
Não. Uma vez que, excluídas clinicamente outras doenças, o dengue passa a ser o diagnóstico mais provável, os resultados de exames (que podem demorar muito) não podem retardar o início do tratamento. O tratamento do dengue é feito, na maioria das vezes, com uma solução para reidratação oral (disponível nos Centros Municipais de Saúde), que deve ser iniciada o mais rápido possível.
5. A comprovação do diagnóstico de dengue é útil para o tratamento da pessoa doente?
Não. A comprovação sorológica do diagnóstico de dengue poderá ser útil para outras finalidades (vigilância epidemiológica, estatísticas) e é um direito do doente, mas o resultado do exame comumente estará disponível apenas após a pessoa ter melhorado, o que o torna inútil para a condução do tratamento. O exame sorológico também não permite dizer qual o tipo de vírus que causou a infecção (o que é irrelevante) e nem se o dengue é "hemorrágico".
Quando o exame sorológico é realizado logo no começo da doença, um resultado "negativo" não permite afastar o diagnóstico de dengue. Nesse caso é necessária uma segunda amostra colhida, em geral, cerca de duas semanas após a primeira. Uma única amostra colhida após o décimo dia de doença permite uma certeza maior se o resultado for "negativo". O exame sorológico permite detectar uma infecção recente por cerca de dois meses, e poderá ser realizado mesmo após a pessoa ter ficado curada (nesse caso basta apenas uma amostra de sangue). Em qualquer dessas situações, o diagnóstico estará confirmado se o exame for "positivo".
6. O que é dengue "hemorrágico"?
Dengue "hemorrágico" é a forma mais grave da doença. Apesar do nome, que é impreciso, o principal perigo do dengue "hemorrágico" não são os sangramentos, mas sim a pressão arterial muito baixa (choque). É importante saber que outras doenças podem ser muito parecidas com o dengue. Na doença meningocócica, por exemplo, a pessoa fica grave muito mais rápido (logo no primeiro ou segundo dia de doença) do que no dengue.
O dengue pode se tornar mais grave apenas quando a febre começa a diminuir. O período mais perigoso está nos três primeiros dias depois que a febre começa a desaparecer. Pode aparecer qualquer uma destas alterações:
dor no fígado (nas costelas, do lado direito)
tonteiras, desmaios
pele fria e pegajosa, suor frio
sangramentos
fezes escuras, parecidas com borra de café
7. O que fazer se aparecer qualquer um destas manifestações?
Procurar imediatamente o Centro Municipal de Saúde ou o Hospital mais próximo.
8. O dengue "hemorrágico" só ocorre em quem tem dengue pela segunda vez?
Não. A forma grave do dengue também pode ocorrer em quem tem a doença pela primeira vez.
9. O dengue "hemorrágico" é obrigatório em que tem a doença pela segunda vez?
Não. O risco é maior do que na primeira infecção, mas a imensa maioria das pessoas que têm a doença pela segunda ou terceira vez não apresenta a forma grave do dengue.
10. O que é a "prova do laço"?
É um procedimento (obsoleto) realizado com o aparelho de pressão, na tentativa de verificar fragilidade dos capilares (pequenos vasos sangüíneos). O aparelho é mantido inflado por cinco minutos em uma pressão intermediária entre a máxima e a mínima (o que pode ser desconfortável), com o objetivo de verificar a produção de petéquias (pequenos pontos avermelhados). É considerado positivo quando aparecem mais de 20 petéquias por polegada quadrada (cerca de 2,5 cm2).
11. A "prova do laço" é útil no diagnóstico de dengue?
Não. Além do dengue, a "prova do laço" pode estar positiva em diversas outras doenças (doença meningocócica, leptospirose, rubéola etc) e até em pessoas saudáveis. Também pode estar negativa nos casos de dengue, inclusive nos mais graves ("hemorrágicos"). Não ajuda, portanto, a concluir se a pessoa está ou não com dengue ou se o dengue é mais grave.
Verificar a pressão arterial de uma pessoa com suspeita de dengue é um procedimento essencial. No entanto, manter ocupado o aparelho de pressão por cinco minutos, quando multiplicados pelas centenas de pessoas que podem procurar um Serviço de Emergência, resulta apenas em mais demora (inútil) no atendimento e desconforto (desnecessário) para os doentes.
12. Quantas vezes uma pessoa pode ter dengue?
Até quatro vezes, pois existem quatro tipos diferentes do vírus do dengue (1, 2, 3 e 4). No Rio de Janeiro, até agora, existem os tipos 1, 2 e 3. Cada vez que a pessoa tem dengue por um tipo, fica permanentemente protegido contra novas infecções por aquele tipo. É por isso que só se pode ter dengue quatro vezes.
13. Quem teve dengue fica com alguma complicação?
Não. A recuperação costuma ser total. É comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de cansaço, que desaparece completamente com o tempo.
14. Todo mundo que é picado pelo Aëdes fica doente?
Não. Primeiro é preciso que o Aëdes esteja contaminado com o vírus do dengue. Além disso, cerca de metade das pessoas que são picadas pelo mosquito que tem o vírus não apresenta qualquer sintoma.
15. O que fazer para diminuir o risco de pegar dengue?
O Aëdes aegypti é um mosquito doméstico, que vive dentro ou nas proximidades das habitações. O único modo possível de evitar ou reduzir a duração de uma epidemia e impedir a introdução de um novo tipo do vírus do dengue é a eliminação dos transmissores. Isso é muito importante porque, além do dengue, o Aëdes aegypti também pode transmitir a febre amarela.
O "fumacê" é útil para matar os mosquitos adultos, mas não acaba com os ovos. Por isso, deve ser empregado apenas em períodos de epidemias com o objetivo de interromper rapidamente a transmissão. O mais importante é procurar acabar com os criadouros dos mosquitos. Qualquer coleção de água relativamente limpa e parada, inclusive em plantas que acumulam água (bromélias), pode servir de criadouro para o Aëdes aegypti.
O viajante (ou o residente em áreas de transmissão) - principalmente em períodos de epidemia - deve usar, sempre que possível, calças e camisas de manga comprida, e repelentes contra insetos à base de dietiltoluamida (DEET) ou picaridina nas áreas expostas do corpo, não ultrapassando a concentração máxima recomendada para cada substância (repelentes não devem ser utilizados em crianças com idade menor que dois meses). Como a freqüência de uso depende da concentração, antes de adquirir um repelente, é importante certificar-se da concentração de DEET (ou picaridina) no produto e seguir as instruções do fabricante. Em hipótese alguma devem ser utilizados inseticidas na pele. Em períodos de epidemia os inseticidas podem ser empregados nas habitações durante dia, através de espirais ou dispositivos elétricos de liberação prolongada. A utilização de "mosquiteiros", também durante o dia, pode ser útil para proteger crianças de berço ou pessoas que estejam acamadas.
16. O que pode ser feito para eliminar o mosquito que pode transmitir o dengue e a febre amarela?
Os governantes não devem se omitir em executar tarefas básicas fundamentais para o controle da proliferação do Aëdes aegypti como, por exemplo, a coleta regular de lixo (evita que objetos possam servir ao acúmulo de água) e a implantação de redes de distribuição de água potável (evita que as pessoas sejam obrigadas a manter recipientes contendo água para consumo na residência, ou seja, criadouros potenciais do transmissor).
A população deve fazer a parte que é possível a ela. Não se deve deixar objetos que possam acumular água expostos à chuva. Qualquer recipiente contendo água (como caixas d'água) deve ser cuidadosamente limpo e tampado. Não adianta apenas trocar a água, pois os ovos do mosquito ficam aderidos às paredes dos recipientes. Portanto, o que pode e deve ser feito, em casa, escolas, creches e no trabalho, é:
substituir a água dos vasos das plantas por terra e esvaziar o prato coletor, lavando-o com auxílio de uma escova.
não deixar acumular água nas calhas do telhado.
não deixar expostos à chuva pneus velhos ou objetos (latas, garrafas, tampas de garrafas, cacos de vidro etc.) que possam acumular água.
acondicionar o lixo domiciliar em sacos plásticos fechados ou latões com tampa.
tampar cuidadosamente caixas d'água, filtros, barris, tambores, cisternas etc.
Em plena epidemia de dengue, famílias que levaram
seus filhos aos hospitais públicos
da Zona Oeste
encontraram
poucos médicos e
longa espera por consultas e exames.
Trata-se do perigo da epidemia da dengue. A dengue é uma doença perigosa. Transmitida por um mosquido, o Aedes aegypt, ela causa de dores de cabeça até fortes dores estomacais, nas costas e, em seu sintoma mais letal, hemorragia fatal.
A prevenção, como todos sabem, passa por medidas profiláticas do meio-ambiente como evitar que se formem poças ou outros reservatórios de água parada como em pneus, piscinas ou em flores.
No entanto se você ou qualquer pessoa tiver qualquer sintoma ou a suspeita da doença deve, imediatamente consultar um médico ou um posto de saúde próximo.
A dengue é uma doença infecciosa aguda cujo vírus é transmitido pela picada de mosquitos urbanos do gênero Aedes, parecido com o pernilongo. Segundo a Superintendência de Combate a Endemias (Sucen) de São Paulo, qualquer pessoa pode contrair a dengue.
Há quatro tipos de dengue, mas os mais comuns no Brasil são os 1 e 2. "O tempo de incubação da doença tipo 1, 2, 3 e 4, varia de cinco a sete dias, podendo ser um pouco mais ou menos dependendo do caso", afirma o infectologista Davi Uip. A Sucen identificou casos do tipo 1 em Mato Grosso, Tocantins, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás. Do tipo 2, em Minas Gerais, Maranhão, Bahia e Ceará. Já o Rio de Janeiro, registrou a dengue dos dois tipos (1 e 2).
O mais perigoso dos tipos de dengue é o tipo 3, que provoca a dengue hemorrágica. Os sintomas iniciais são os mesmos da dengue comum. A diferença é que, quando a febre acaba, começam a surgir sangramentos, a pressão cai, os lábios ficam roxos. A pessoa sente fortes dores no abdome e alterna sonolência com agitação. Se não tratada nos primeiros estágios, a dengue hemorrágica pode levar à morte.
“Faça sua parte para uma Fortaleza sem dengue” e “Para combater a dengue você e a água não podem ficar parados”. Conforme o ouvidor geral do Município, Edimir Martins, todas as escolas patrimoniais e anexas estão participando e os trabalhos devem ser entregues nas unidades de ensino até o dia 12 de dezembro. Segundo Edimir, os dois temas estão sendo amplamente discutidos entre os estudantes e os trabalhos devem ter no mínimo 20 linhas manuscritas. De cada Regional, sairá um vencedor que terá como prêmio uma bicicleta. Uma comissão avaliará os trabalhos e os agraciados receberão a premiação no dia 17 de dezembro, por ocasião do balcão show que a Ouvidoria Geral do Município vai promover na Praça do Ferreira. Edimir Martins explicou que os promotores do concurso pretendem envolver a comunidade escolar, famílias dos estudantes e o povo em geral nas ações da Prefeitura na prevenção contra a dengue. As melhores redações vão ser publicadas em um jornal de grande circulação local.
O Comitê Municipal de Mobilização Contra a DENGUE com o objetivo de conscientizar e
incentivar a participação dos alunos como agentes propagadores na Campanha de Combate à
DENGUE resolveu instituir o Concurso sobre o Dia Municipal e Nacional de Combate à
Dengue no âmbito do Município de Nova Lima.
Art. 1º - O Concurso foi instituído para escolher o melhor DESENHO, a melhor FRASE e a
melhor REDAÇÃO, tendo como tema central:
“FORA DENGUE”
Art. 2º - Poderão concorrer todos os alunos regularmente matriculados nos Estabelecimentos de
Ensino da Rede Municipal, da Rede Estadual e da Rede Particular, em todos os níveis, de Nova
Lima.
Art. 3º - Para dar igualdade de oportunidade entre os alunos fica estabelecido o seguinte:
Concorrerão na categoria MELHOR DESENHO somente os alunos da Educação
Infantil.
Concorrerão na categoria MELHOR FRASE somente os alunos do 1º Ciclo(1º e 2º
ano) do Ensino Fundamental.
Concorrerão na categoria MELHOR REDAÇÃO os alunos do 2º Ciclo (3º e 4º ano) do
Ensino Fundamental, os alunos de 5ª a 8ª Série do Ensino Fundamental e os alunos do Ensino
Médio e os alunos do Ensino Superior. Fica assegurada uma premiação para cada nível de
ensino.
Parágrafo 1º - Cada Escola poderá apresentar um único trabalho por categoria e para
cada modalidade de ensino que oferece.
Parágrafo 2º - Para categoria MELHOR DESENHO deverá ser considerado o trabalho
feito em papel tamanho Oficio ou A4. Sem Identificação de Nome .
Parágrafo 3º - Para categoria MELHOR FRASE deverá ser considerado a existência
mínima de duas entre as seguintes palavras: Dengue – compromisso – responsabilidade –
Nova Lima - dever. Sem Identificação de Nome.
Parágrafo 4º - Para categoria MELHOR REDAÇÃO o trabalho datilografado ou
digitado em computador e ser apresentado em 2 (duas) vias. Sem Identificação do
Nome.
Art. 4º - As inscrições poderão ser feitas no período de 10/11/03 a 20/11/2.003 na Secretaria
Municipal de Educação de Nova Lima, Rua José Agostinho 2.335, Bairro Oswaldo Barbosa
Pena ( CAIC ), Fone: 3541-4369.
Parágrafo 1º - No ato da inscrição cada escola deverá apresentar o trabalho acompanhado
de uma ficha de identificação contendo o Nome completo do aluno, a data de
nascimento, série, nome do professor, nome da escola e categoria que está concorrendo.
Parágrafo 2º - Os originais, premiados ou não, não serão devolvidos.
Art. 5º - Para todas categorias poderão ser consultados dados técnicos junto à Secretaria
Municipal de Saúde, de Nova Lima, através da Coordenação de Vigilância Sanitária - Setor de
Zoonoses, 2º piso do Terminal Rodoviário de Nova Lima, tel. 3541-4427, bem como através do
Hot-Site www.foradengue.com.br , a ser ativado a partir do dia 12/11/03, não sendo vedado
nenhuma outra fonte de pesquisas.
Art. 6º - O resultado será divulgado até o dia 27/11/2.003, e publicado na Prefeitura Municipal,
na Câmara Municipal, no Terminal Rodoviário, na Policlínica Municipal, em todas escolas
participantes e no Hot-Site www.foradengue.com.br,
Art. 7º - A Comitê Municipal de Mobilização Contra a DENGUE de Nova Lima constituirá a(s)
Comissão(ões) Julgadora(s) para julgar os trabalhos inscritos e escolher apenas um trabalho por
cada categoria.
Parágrafo 1º - As decisões da Comissão Julgadora são soberanas e irrecorríveis cabendo
ao representante da Secretaria Municipal de Educação - SEMED, em caso de empate
entre um ou mais trabalhos, o voto decisivo.
Parágrafo 2º - A(s) Comissão(ões) Julgadora(s), composta de pessoas ligadas à Comitê
Municipal de Mobilização Contra a DENGUE, terá(ão) prazo até 25 de novembro de
2003 para fornecer os resultados, que serão comunicados diretamente aos vencedores,
por intermédio de carta, telefone ou através de notícia pela imprensa.
Parágrafo 3º - Ao se inscrever, o concorrente aceita plenamente as normas expressas
neste regulamento.
Art. 8º - A premiação terá, além de placa alusiva e publicação no Hot-Site, um aparelho Walk
Man que será entregue, aos agraciados de cada categoria. A entrega dos prêmios ocorrerá no dia
29/11/2003, durante as atividades do Dia Nacional e Municipal de Combate à Dengue.
Parágrafo 1º - O estabelecimento de ensino, no qual o aluno premiado é matriculado,
receberá diploma alusivo, bem como o(a) professor(a) que coordenar o trabalho-tarefa.
Art. 9º - Fica assegurado à Prefeitura Municipal de Nova Lima o direito de fazer publicar, em
qualquer veículo de comunicação ou em separata, qualquer original, classificado ou não, a seu
exclusivo critério, desde que mencionada a autoria. Os autores premiados ou não poderão
também fazê-lo, às suas custas, desde que após 31 de dezembro de 2003.
Art. 10º - Os ganhadores concordam com a divulgação de seus dados pessoais, imagens etc., em
mídia impressa, eletrônica inclusive Internet, sem nenhum custo para os promotores da
campanha.
Art. 11º - Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão Julgadora.
Nova Lima, 31 de Outubro de 2.003.
Chega o verão, é tempo de praia, de férias e de epidemia de dengue. Isso vem se repetindo há alguns anos e as áreas de saúde do governo, ou dos governos, parecem apreciar tudo isso como se nada tivesse a ver com o assunto: a epidemia de dengue. Anual e mortal.
Segundo o Jornal do Commercio (Recife), no Brasil foram registrados exatos 736.341 casos de dengue clássica de janeiro a outubro de 2002. A forma hemorrágica da doença atingiu 2.279 pessoas e matou 134 delas.
Não há dúvida de que o número real de casos, de mortes e de pessoas contaminadas, é muitas vezes superior, uma vez que muita gente não vai a um posto de saúde ou hospital para se tratar.
Em todos os recantos do Brasil repetiu-se a mesma coisa, pelo menos no que diz respeito à ausência de ações preventivas dos governos.
Mas, como é que se diz: o dengue ou a dengue?
Não importa. Esqueça a gramática. Pode matar da mesma maneira.
O ciclo de contaminação inicia-se com uma picada.
A transmissão se dá pela picada do mosquito Aedes aegypti que ficou infectado porque picou uma pessoa doente. Esse mosquito infectado, picando uma pessoa sadia, passa o vírus da dengue e esta pessoa fica doente. (1)
Para quebrar essa corrente e interromper o ciclo há que se exterminar o mosquito.
No início de 2002, enquanto grassava a epidemia anual de dengue, circulou mensagem recomendando usar borra de café no combate ao mosquito da dengue, o Aedes aegypti.
Segundo a mensagem, cientista paulista
... descobriu que a borra de café produz um efeito que bloqueia a postura e o desenvolvimento dos ovos do Aedes Aegypti.
Para interromper o ciclo de reprodução, ela recomenda colocar
... duas colheres de sopa de borra de café para cada meio copo de água...
Duas colheres do pó produzem cerca de meio litro de café, dependendo da preferência de cada um: mais forte, mais pó. Mais fraco, menos pó.
Portanto, ao fazer um litro de café usam-se cerca de quatro colheres de sopa e o pó resultante do processo dá para preparar uma mistura capaz de encher um copo.
No final das contas, a finalidade da mistura é eliminar a (quase) pureza da água que se acumula em vasos de plantas e na qual se reproduz o temível mosquito. Dizem os especialistas, que o mosquito, ou melhor, "a mosquita", pois é ela quem contamina as pessoas e põe os ovos, não aprecia água suja.
É uma ajuda, talvez não muito significativa dentro do universo de reprodução do Aedes aegypti, mas, como se diz, é uma maneira de cada um fazer a sua parte.
Gente de fino trato pode botar na água das plantas um dose de vinagre balsâmico, um pouco de noz moscada ou de essências aromáticas que, certamente, produzirão o mesmo efeito: sujar a água e impedir que "a mosquita" ponha os ovos.
Uma colaboração inusitada é a da FCCC - Fundação Cacique Cobra Coral (ou CCCF - Cacique Cobra Coral Foundation). Em sua página de notícias, a FCCC informa:
O Dia - Coluna Lu Lacerda
Rio de Janeiro, 29 de abril de 2002
FCCC encerra Operação Dengue
A médium Adelaide Scritori, da Fundação Cacique Cobra Coral, que faz controles meteorológicos, concluiu sábado o que chamou de "Operação Dengue".
Através de um convênio da prefeitura carioca com a fundação, a missão da paranormal foi "suspender" as chuvas e manter as temperaturas acima dos 28 graus, em março e abril. Adelaide enviou um relatório sobre os trabalhos para César Maia e o ministro da saúde, Barjas Negri. O mundo precisa descobrir o poder de Adelaide.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou nesta sexta-feira (18) o resultado do concurso de redação sobre o tema 'A minha responsabilidade no combate à dengue', realizado com a participação de alunos da 3ª à 6ª série das quatro escolas públicas do Conjunto Cidade Verde. A estudante da 4ª série da Escola Estadual Borges da Fonseca, Larissa Barbosa Lima, de 12 anos, foi a grande vencedora. Ela escreveu sobre o que a comunidade está fazendo para prevenir e combater a dengue.
O concurso, promovido pela SMS e pela Secretaria de Educação de Educação e Cultura (Sedec), inscreveu 498 redações elaboradas por jovens entre 8 a 14 anos. O texto deveria ter no mínimo 15 linhas e enfocar a problemática da dengue no seu bairro. Os trabalhos foram avaliados por uma banca composta de um médico, enfermeiro, dentista, agente comunitário de saúde e um professor de português.
Na manhã desta sexta-feira, foi realizada, no salão de eventos da igreja de Nossa Senhora das Dores do Cidade Verde, uma exposição dos trabalhos e a entrega e de um CD Player portátil para a autora da redação vencedora. Durante o evento, pais, alunos, professores e equipes de saúde assistiram a um vídeo educativo do Ministério da Saúde sobre o combate a dengue e os cuidados que a comunidade deve ter para diminuir o número de casos da doença.
Larissa Barbosa Lima relatou que a "dengue é um problema de toda a comunidade que deve tomar cuidados para não ficar prejudicada. Por isso, não podemos armazenar a água parada", disse demonstrando satisfação e alegria.
De acordo com a diretora técnica do Distrito Sanitário III, Maura Vanessa Sobreira, o concurso de redação foi uma forma de fazer com que os alunos pesquisassem sobre a dengue, desde as formas de prevenção e os ambientes propícios à proliferação dos focos do mosquito Aedes aegipty até os sintomas e tratamento.
"As crianças são multiplicadoras de boas idéias e influenciam os pais a tomarem cuidados como não deixar recipientes e pneus com água parada, evitar jogar lixo em terrenos, cobrir a caixa d'água e outras providências necessárias ao combate da dengue", destacou a diretora.
O departamento de saúde de Mogi Mirim já confirmou três casos de dengue em 2008. Segundo o jornal O Impacto deste sábado, a Vigilância Epidemiológica informa que dois casos são importados, ou seja, a doença foi contraída fora da cidade. O terceiro caso ainda está sendo investigado.
O temido vírus da dengue pode estar desempenhando, sem querer, um papel positivo nas cidades brasileiras, impedindo que a febre amarela urbana volte a atacar. De acordo com indícios intrigantes, levantados por pesquisadores da USP de Ribeirão Preto, o causador da dengue e o vírus da febre amarela estariam competindo no interior dos mosquitos que transmitem ambas as doenças, com uma vitória clara do primeiro.
Se a hipótese estiver correta, ela explica de forma simples e elegante por que a febre amarela não voltou a invadir as cidades do Brasil desde a erradicação do problema nos anos 1940, quando os mosquitos transmissores do vírus foram quase eliminados. De quebra, a idéia traz um pouco mais de tranqüilidade diante do medo de uma nova epidemia urbana da doença. “Eu gostaria muito que isso fosse verdade, mas ainda é cedo para ter certeza”, diz o professor Benedito Antonio Lopes da Fonseca, chefe do Laboratório de Virologia Molecular da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto.
As pistas sobre a guerra entre os dois tipos de vírus estão sendo seguidas por Fonseca e por sua aluna Emiliana Pereira Abrão da Costa, cujo projeto de tese de doutorado investiga o tema. Os dois vilões microscópicos pertencem ao mesmo grupo, o dos flavivírus. Também usam o mesmo vetor para alcançar os seres humanos: os mosquitos do gênero Aedes. Essas características em comum levaram Fonseca a desenvolver a hipótese da competição entre os vírus dentro dos insetos.
“Como não temos a estrutura para criar e infectar os mosquitos vivos em laboratório, procuramos fazer um teste com uma cultura de células”, conta Fonseca. Os pesquisadores empregaram células especialmente cultivadas do mosquito Aedes albopictus (primo menos famoso do A. aegypti), que servem de meio para a multiplicação dos flavivírus.
“O que nós descobrimos é que, quando as células são infectadas pelo vírus da dengue, é praticamente impossível fazer com que o vírus da febre amarela se estabeleça nelas depois, mesmo que tentemos infectar essas células com milhares de vírus”, explica Fonseca. “Parece haver uma interferência na replicação do vírus da febre amarela, de forma que, em vez de uma produção de centenas de milhares ou milhões de partículas virais, obtemos só algumas centenas.”
Dúvidas no ar
Além de mais testes com mosquitos, um dos jeitos de confirmar a hipótese seria usar dados históricos sobre a prevalência das duas doenças, mas nesse ponto há algumas dificuldades, explica o virologista da USP. “A dengue só se tornou importante internacionalmente depois da Segunda Guerra Mundial. Sabemos que o vírus é originário da Ásia. Pode ser que, de fato, até pela falta de intercâmbio do Brasil com essa região no passado, a dengue tenha chegado aqui depois que a febre amarela foi erradicada nas cidades. Ou ela já estava presente, mas o diagnóstico não era feito ou era feito confundindo a dengue com a febre amarela.”
O significado dos achados para a saúde pública ainda precisa ser ponderado. Por um lado, lembra Fonseca, não se sabe qual a proporção de mosquitos Aedes urbanos infectados pela dengue – ou seja, se a “proteção” oferecida por um vírus contra o outro é total ou apenas parcial.
Há, no entanto, algumas razões para considerar que é um bom negócio ter trocado a febre amarela pela dengue nas cidades. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 10% dos infectados com febre amarela morre da doença. Já a dengue costuma matar menos de uma pessoa a cada mil doentes. Embora ambas sejam um problema sério de saúde pública, a dengue, pelo menos na maioria dos casos, parece ser o mal menor.
“Por outro lado, temos a vacina contra a febre amarela, enquanto não há como se proteger diretamente da dengue por falta de vacina”, compara Fonseca. “Por isso, ainda não podemos baixar a guarda contra nenhuma das duas doenças.”
Embora o Boa Esperança seja um bairro de classe média, com bom nível de escolaridade, está em terceiro lugar no índice de infestação pelo mosquito Aedes aegypti, o transmissor da dengue, com 29.4%. Em primeiro está o Pedra 90, com 37.7% e em segundo o Tijucal, com 36%. A média da cidade é 3,5%.
O objetivo é, sobretudo, conscientizar as pessoas a não acumularem lixo, nem jogá-lo em córregos e bueiros; a permitirem o acesso dos agentes de saúde a suas residências. Os proprietários de obras inacabadas, de casas abandonadas e fechadas para aluguel serão notificados (nesse caso também imobiliárias estão incluídas) a fazerem a limpeza desses ambientes e das piscinas.
O professor Elias Nogueira Peres, coordenador da Comissão de Cpontrole da Dengue no Campus da UFMT informa que já estava na pauta da comissão algumas ações nos bairros do entorno do Campus, como o próprio Boa Esperança, o Jardim das Américas e o Renascer. Observou que as ações de educação em saúde são as mais eficazes, devendo fazer parte das atividades nesses bairros, com visitas às escolas, clubes, igrejas e quartel do 9º BEC.
Educação – Na praça da feirinha será instalada uma tenda onde agentes da CCZ e integrantes do projeto de extensão Monitoramento da Dengue do Campus da UFMT apresentarão à população o ciclo de reprodução do mosquito Aedes aegypti em materiais de educação em saúde e ambiente e amostras em lupas.
1 - a má compreensão dos autores na distinção entre infecção do vetor pelo vírus do Dengue e infestação de uma determinada área pelo vetor, levou os mesmos a citarem a ocorrência da doença em Belém, no ano de 1967, enquanto o artigo original é bem claro ao descrever uma reinfestação pelo vetor.
2 - outro equívoco, não menos assustador, provavelmente em decorrência do uso incorreto do idioma inglês, é a citação inusitada sobre duas nosologias, "Brazilian yellow fever" e "silver yellow fever", onde esta última teria sido erradicada em 1958, sendo atualmente encontrada em áreas urbanas. Mesmo que, neste último caso os autores tivessem a intenção de referir à forma silvestre da Febre Amarela, seria incompreensível dizer sobre sua erradicação ou sobre sua ocorrência urbana.
3 - quanto à metodologia apresentada, esta não condiz com os objetivos pretendidos e, muito menos, com as conclusões apontadas, como nos exemplos a seguir:
- conclui-se sobre autoctonia do Dengue sem esclarecer o método utilizado nas investigações dos casos suspeitos;
- apresenta dois municípios como grupo controle, e não se explica qual o propósito deste;
- não se explica a razão de se avaliar níveis de colinesterase sérica dos trabalhadores da agricultura, se o tratamento com inseticidas para o controle do Aedes aegypti é feito essencialmente, nas áreas urbanas;
- não foi feita qualquer avaliação estatística dos dados obtidos;
- para o mapeamento do Dengue no Triângulo Mineiro, os autores descrevem a coleta de amostras de sangue de "indivíduos com febre aguda persistindo por mais de 6 meses", o que é incompreensível.
4 - ao afirmar, insistentemente, sobre a necessidade e exeqüibilidade da erradicação do Aedes aegypti, os autores demonstram desconhecer a literatura atual, visto que em 1985, o Conselho Diretor da OPAS, aprova a resolução XXVI, reconhecendo e endossando o fato de alguns países terem programas de "controle" do vetor, o que foi considerado um importante avanço.
5 - a apresentação dos resultados é confusa e, na maioria das vezes, incompreensível, mostrando tabelas sem datas, dados contraditórios e uma figura com dados que não foram apresentados.
6 - na pretensa discussão do referido artigo, é feita uma lamentável e infeliz tradução de extenso trecho do livro de Odair Franco, desrespeitando uma obra de valor técnico e histórico sobre a Febre Amarela no país.
7 - os autores relatam que durante o surto de Dengue, em 1987, no Município mineiro de Pirapetinga, "foram observadas infecçõcs graves devido tanto a Aedes aegypti como a Aedes albopictus". A referência citada diz apenas haver a presença dessas duas espécies no referido município, por ocasião de tal epidemia. É oportuno ressaltar que, até o presente momento, o Aedes albopictus não tem sido responsabilizado por transmissão do vírus do Dengue no hemisfério ocidental, exceção feita a um trabalho recentemente publicado e que, coincidentemente, conta com a participação dos quatro primeiros autores do trabalho em questão.
Enfim, na condição de profissionais de Saúde Pública, atuantes no estado de Minas Gerais, envolvidos no Programa de Controle do Dengue e da Febre Amarela, manifestamos nosso temor pelas possíveis conseqüências da publicação de tal artigo, com o aval desta tão conceituada revista.
Um dos hospitais de campanha começou a ser montado nesta sexta-feira. Nove toneladas de equipamentos para combater um inimigo que não pesa nem um grama. Durante à tarde, um batalhão se dedicou à guerra contra o mosquito Aedes aegypti, montando as tendas do hospital de campanha da Aeronáutica, na Barra da Tijuca. Nele, podem ser atendidas até 400 pessoas, 24 horas por dia.
O hospital começa a funcionar na segunda-feira, pela manhã, atendendo apenas pessoas com dengue, encaminhadas pelo Hospital Geral de Jacarepaguá o antigo Hospital Cardoso Fontes ou vindas do Terminal Alvorada, onde será feita uma triagem por médicos. Os pacientes serão transportados até o hospital de campanha em ônibus da Aeronáutica.
Ao todo, 19 médicos que vão trabalhar no hospital de campanha da Barra da Tijuca se formaram, nesta sexta-feira, como militares da Aeronáutica. “A gente, com certeza, está muito orgulhoso de ajudar a população”, afirmou a médica recém-formada Marcele Castro.
A equipe terá 90 profissionais de saúde. “Este número vai evoluir em função da demanda que se fizer necessário. Será, logicamente, ajustado para a demanda”, afirmou o brigadeiro Antônio Bermudez, chefe de comunicação da Aeronáutica.
Ao todo, 1,2 mil militares vão ajudar no tratamento de vítimas da dengue. Os outros dois hospitais de campanha serão montados em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e na Vila Militar, em Deodoro. Os pacientes não devem procurar os hospitais de campanha para consultas. Eles serão encaminhados pelas unidades de saúde.
Nesta sexta-feira, representantes das secretarias de Saúde do Rio de Janeiro e de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde houve epidemia de dengue em 2007, resolveram criar um grupo de discussão para evitar que a doença se alastre.
Apesar de toda essa mobilização, ainda há exemplos de descaso. Em Sulacap, centenas de carros da polícia ficam ao ar livre, o que facilita o acumulo de água e a proliferação do mosquito. “É um mau exemplo”, critica um morador da região.
Mau exemplo também o do dono de um imóvel, que, segundo vizinhos, está fechado há mais de cinco anos. No quintal, possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti. E, na casa ao lado, uma vítima da dengue: Denise Calderário, de 46 anos, morreu no dia 13 de março.
“A Vigilância Sanitária, após o falecimento da minha esposa, esteve aqui e disse que não podia entrar. A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) esteve aqui e disse que não podia entrar. Eles disseram que é a lei, que eles não podem invadir uma propriedade”, afirmou Vítor Hugo Calderário, viúvo de Denise.
A Comlurb informou que não esteve no local citado na reportagem e que, nesses casos, a denúncia deve ser feita ao Tele-Dengue: 2575-0007. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, agentes combateram focos do mosquito na Rua Turvânia e entraram na casa, com autorização do proprietário, para fazer uma vistoria.
Sobre os carros da Polícia Militar, a corporação informou que o piso dos veículos foi perfurado para evitar o acúmulo de água. E que policiais militares foram convocados para combater os focos de dengue no local.
1. O que é DENGUE ?
É doença causada por um virus que é transmitido ao ser humano pela picada de um mosquito chamado
Aedes aegypti. Este mosquito é escuro e rajado de branco, menor que o pernilongo comum e pica mais
durante o dia. A DENGUE não é transmitida pelo contato humano de pessoa para pessoa.
2. Como prevenir a DENGUE ?
A melhor maneira de evitar a DENGUE é não deixar o mosquito nascer, eliminando-se os locais onde ele
nasce e se desenvolve, que são os locais de acúmulo de água parada. Devemos por isso eliminar estes locais,
tais como garrafas, quaisquer tipos de latas, copos descartaveis, calhas entupidas, pneus velhos,pratos e vasos
de plantas, caixas d'água sem tampa, lixeiras etc. O mosquito se desenvolve principalmente em águas
relativamente limpas.
3. Como sei se estou com a DENGUE ? Quais são os sintomas ?
Os sintomas mais comuns da DENGUE são dor de cabeça, dor nos olhos, dores musculares e nas juntas,
febre alta (pode passar dos 40º C), manchas vermelhas por todo o corpo, falta de apetite, náuseas / vômitos e
fraqueza.
4. A DENGUE é doença grave ?
Na maioria dos casos a doença tem evolução benigna, através dos sintomas acima descritos. Em alguns casos
porém, ela pode se manifestar por formas graves, com sintomas como dores abdominais intensas, palidez,
agitação, dificuldade respiratória, sangramento de gengivas e pelo nariz. Esta forma grave ocorre mais
comumente nos pacientes que ja tiveram a doença anteriormente, condição esta que deve ser sempre
infomada ao médico.
5. O que devo fazer na suspeita de estar com a DENGUE ?
Deve ficar em repouso, beber muito liquido e procurar orientação médica. Não tomar remédios que
contenham ácido acetil salicilico (AAS, Doril, Aspirina, Melhoral etc).
6. Como é confirmado o diagnóstico da DENGUE ?
Através do exame de sangue (sorologia) realizado pelo instituto Adolfo Lutz (recomendação da Secretaria
da Saúde). A coleta do sangue deve ser efetuada após o 5º dia de inicio dos sintomas. Na Cruz Azul, o
sangue é colhido no Hospital e encaminhado ao instituto Adolfo Lutz. O tempo de espera para entrega do
resultado não depende da Cruz Azul e pode demorar até 30 dias. É importante salientar que o tempo de
espera para confirmação do resultado não interferirá no tipo ou resultado do tratamento.
7. Qual o tratamento para a DENGUE ?
Não há tratamento especifico. As medidas se baseiam na manutenção do estado geral e conforto do
paciente . Não devem ser usados medicamentos que possam interferir com a coagulação sangüínea. Siga
sempre as orientações médicas. Nas formas mais graves o médico adotará as providências necessárias. Não
existe vacina para a DENGUE.
8. Como devo proceder após a 1ª consulta ?
No Hospital da Cruz Azul os pacientes atendidos inicialmente no Pronto Socorro ou em outras dependências
serão encaminhados ao Ambulatório de Infectologia ou de Clínica Médica, onde os médicos estarão
preparados para o atendimento e acompanhamento. Essa consulta deverá ser efetuada no prazo de 7 dias.
Se o paciente tiver qualquer dúvida ou modificações dos sintomas neste período de espera, deverá retornar
imediatamente ao Pronto Socorro.
Introdução
A Dengue é uma virose, ou seja, uma doença causada por vírus. O vírus é transmitido para uma pessoa através da picada da fêmea contaminada do mosquito Aedes Aegypti.
Tipos da doença e sintomas
A doença pode se manifestar de duas formas: a dengue clássica e a dengue hemorrágica.
Dengue Clássica: os sintomas são mais brandos. A pessoa doente tem febre alta, dores de cabeça, nas costas e na região atrás dos olhos. A febre começa a ceder a partir do quinto dia e os sintomas, a partir do décimo dia. Neste caso, dificilmente acontecem complicações, porém alguns doentes podem apresentar hemorragias leves na boca e nariz.
Dengue hemorrágica (ocorre quando a pessoa pega a doença por uma segunda vez): neste caso a doença manifesta-se de forma mais grave. Nos primeiros cinco dias os sintomas são semelhantes ao do tipo clássico. Porém, a partir do quinto dia, alguns doentes podem apresentar hemorragias em vários órgãos e choque circulatório. Pode ocorrer também vômitos, tontura, dificuldades de respiração, dores abdominais intensas e contínuas e presença de sangue nas fezes. Não ocorrendo acompanhamento médico e tratamento adequado, o paciente pode falecer.
No verão essa doença faz uma quantidade maior de vítimas, pois o mosquito transmissor encontra ótimas condições de reprodução. Nesta estação do ano, as altas temperaturas e a grande quantidade de chuvas, aumenta e melhora o habitat ideal para a reprodução do Aedes Aegypti: a água parada. Lata, pneus, vasos de plantas, caixas d’água e outros locais deste tipo são usados para fêmea do inseto depositar seus ovos. Outro fator que faz das grandes cidades locais preferidos deste tipo de mosquito é a grande quantidade de seu principal alimento: o sangue humano.
Prevenção e Combate à dengue
Como não existem formas de erradicar totalmente o mosquito transmissor, a única forma de combater a doença é eliminar os locais onde a fêmea se reproduz.
Algumas dicas de ações:
Não deixar a água se acumular em recipientes como, por exemplo, vasos, calhas, pneus, cacos de vidro, latas e etc.
Manter fechadas as caixas d’água, poços e cisternas
Não cultivar plantas em vasos com água. Usar terra ou areia nestes casos.
Tratar as piscinas com cloro e fazendo a limpeza constante. O ideal é deixá-las cobertas ou vazias quando não for usar por um longo período.
Manter as calhas limpas e desentupidas
Avisar um agente público de saúde do município caso exista alguma situação onde há o risco de proliferação da doença.
Tratamento:
Para o caso da dengue clássica, não existe um tratamento específico. Os sintomas são tratados e recomenda-se repouso e alimentação com muitas frutas, legumes e ingestão de líquidos. Os doentes não podem tomar analgésicos ou anti-térmicos com base de ácido acetil-salicílico (Aspirina, AAS, Melhoral, Doril, etc.), pois estes favorecem o aparecimento e desenvolvimento de hemorragias no organismo.
Já no caso mais grave da doença, a hemorrágica, deve haver um rigoroso acompanhamento médico em função dos possíveis casos de agravamento com perdas de sangue e choque circulatório.
Curiosidades:
Você sabia que um ovo de Aedes Aegypti pode sobreviver em ambiente seco por aproximadamente 400 dias. Se neste período ele entrar em contato com água, poderá gerar uma larva e, em seguida, o mosquito.
A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa, nem mesmo através de alimentos ou uso de objetos.
O que é dengue
É uma doença infecciosa aguda de curta duração, de gravidade variável, causada por um arbovírus, do gênero Flavivírus (sorotipos: 1,2,3 e 4). No Brasil, circulam os tipos 1, 2 e 3. O vírus 3 está presente desde dezembro de 2000 e foi isolado em janeiro de 2001, no Rio de Janeiro.
A dengue é transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti infectado mas também pelo Aedes albopictus. Esses mosquitos picam durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica durante a noite.
O Aedes aegypti é principalmente encontrado em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil, pois as condições do meio ambiente favorecem seu o desenvolvimento e proliferação.
As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos. A dengue está se expandindo rapidamente, e a grande preocupação é que nos próximos anos a transmissão aumente por todas as áreas tropicais do mundo se medidas eficientes não forem tomadas para a contenção das epidemias.
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Modo de transmissão
A transmissão se dá pela picada do mosquito Aedes aegypti que ficou infectado porque picou uma pessoa doente. Esse mosquito infectado, picando uma pessoa sadia, passa o vírus da dengue e esta pessoa fica doente. A doença só acomete a população humana.
Os transmissores de dengue, principalmente o Aedes aegypti, proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações (casas, apartamentos, hotéis etc.) em qualquer coleção de água limpa (caixas d'água, cisternas, latas, pneus, cacos de vidro, vasos de plantas). As bromélias, que acumulam água na parte central (aquário), também podem servir como criadouros. A transmissão da dengue é mais comum em cidades. Também pode ocorrer em áreas rurais, mas é incomum em locais com altitudes superiores a 1200 metros.
Não há transmissão pelo contato direto de uma pessoa doente para uma pessoa sadia. Também não há transmissão pela água, por alimentos ou por quaisquer objetos. A dengue também não é transmitida de um mosquito para outro. Quem pica é a fêmea e o faz para sugar o sangue. Os mosquitos acasalam 1 ou 2 dias após tornarem-se adultos. A partir daí, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que fornece as proteínas necessárias para o desenvolvimentos dos ovos. As fêmeas têm preferência pelo sangue humano. Elas atacam vorazmente. São ativas durante o dia, podendo picar várias pessoas diferentes, o que explica a rápida explosão das epidemias de dengue.
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Locais onde ocorre a doença
No Brasil, a erradicação do Aedes aegypti na década de 30, levada a cabo para o controle da febre amarela, fez desaparecer também a dengue. No entanto, em 1981 a doença voltou a atingir a Região Norte (Boa Vista, Roraima). No Rio de Janeiro (Região Sudeste) ocorreram duas grandes epidemias. A primeira em 1986-87, com cerca de 90 mil casos, e segunda em 1990-91, com aproximadamente 100 mil casos confirmados. A partir de 1995, a dengue passou a ser registrada em todas as regiões do país e, em 1998, o número de casos chegou a 570.148. Em 1999 houve uma redução (210 mil casos), seguida de elevação progressiva em 2000 (240 mil casos) e em 2001 (370 mil casos). Nesse último ano, a maioria dos casos (149.207) ocorreu na região Nordeste.
No Estado de São Paulo, em 1990, começa uma grande epidemia na região de Ribeirão Preto, que se disseminou para outras regiões. Em 1995, já haviam 14 municípios envolvidos com a transmissão da dengue.
As primeiras prováveis epidemias de dengue datam do final do século XVIII. Nesta época, a doença era conhecida como "febre quebra-ossos" devido às fortes dores que causava nas juntas. Já durante os séculos XIX e XX, foram registradas diversas epidemias ao redor do mundo atribuídas à dengue:
- Zazibar (1823; 1870),
- Calcutá (1824; 1853; 1871; 1905),
- Antilhas(1827),
- Hong Kong(1901),
- Estados Unidos (1922),
- Austrália (1925-26; 1942),
- Grécia (1927-28),
- Japão (1942-45).
Na década de 50, foi reconhecida e descrita pela primeira vez uma grave manifestação clínica associada à dengue, a febre ou dengue hemorrágica. Não se sabe bem porque, mas a dengue hemorrágica se comportou como uma doença relativamente rara antes da década de 50. Isso pode ter acontecido devido aos fatores de ordem social, como a intensa urbanização e maior intercâmbio entre as diferentes regiões do planeta, que podem ter contribuído para o aumento da incidência da dengue de maneira geral possibilitando o aparecimento de grandes contingentes populacionais com experiências imunológicas com a dengue, fazendo com que assim existisse o risco da dengue hemorrágica.
O Estado de São Paulo registrou a ocorrência de 78.614 casos autóctones (adquiridos no próprio Estado) de dengue, em 358 municípios, entre janeiro e outubro de 2007, com considerável expansão da doença para novas áreas. Durante todo o ano de 2006 foram registrados 50.021 casos em 254 municípios. Atualmente, temos 508 municípios infestados com o Aedes aegypti, excluindo-se apenas alguns municípios do Vale do Ribeira e do Paraíba e das Regiões Metropolitanas de São Paulo e de Campinas.
O único modo possível de evitar a introdução de um novo tipo do vírus da dengue é a eliminação dos transmissores. O Aedes aegypti também pode transmitir a febre amarela.
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Sintomas
A dengue clássica é usualmente benigna. A infecção causada por qualquer um dos quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do vírus da dengue produz as mesmas manifestações. A determinação do tipo do vírus da dengue que causou a infecção é irrelevante para o tratamento da pessoa doente. A dengue é uma doença que, na grande maioria dos casos (mais de 95%), causa desconforto e transtornos, mas não coloca em risco a vida das pessoas. Inicia-se com febre alta, podendo apresentar cefaléia (dor de cabeça), prostração, mialgia (dor muscular, dor retro-orbitária - dor ao redor dos olhos), náusea, vômito, dor abdominal. É freqüente que, 3 a 4 dias após o início da febre, ocorram manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo ou rubéola, e prurido ("coceira"). Também é comum que ocorram pequenos sangramentos (nariz, gengivas).
A maioria das pessoas, após quatro ou cinco dias, começa e melhorar e recupera-se por completo, gradativamente, em cerca de dez dias.
Em alguns casos (a minoria), nos três primeiros dias depois que a febre começa a ceder, pode ocorrer diminuição acentuada da pressão sangüínea. Esta queda da pressão caracteriza a forma mais grave da doença, chamada de dengue "hemorrágica". Este nome pode fazer com que se pense que sempre ocorrem sangramentos, o que não é verdadeiro. A gravidade está relacionada, principalmente, à diminuição da pressão sangüínea, que deve ser tratada rapidamente, uma vez que pode levar ao óbito. A dengue grave pode acontecer mesmo em quem tem a doença pela primeira vez.
O doente se recupera, geralmente sem nenhum tipo de problema. Além disso, fica imunizado contra o tipo de vírus (1, 2, 3 ou 4) que causou a doença. No entanto, pode adoecer novamente com os outros tipos de vírus da dengue. Em outras palavras, se a infecção foi com o tipo 2, a pessoa pode ter novamente a dengue causado pelos vírus dos tipos 1, 3 ou 4. Em uma segunda infecção, o risco da forma grave é maior, mas não é obrigatório que aconteça.
Existem diferentes teorias para explicar o surgimento da dengue hemorrágica. Alguns afirmam que ela passa a ter alta incidência em uma população já anteriormente exposta a um outro tipo de vírus da dengue. Seria a exposição seqüencial a um segundo diferente tipo de vírus, que causaria a dengue do tipo hemorrágica. Para outros, a dengue hemorrágica dependeria da maior virulência de determinadas cepas do vírus, isto é, existiriam formas virais mais agressivas do que outras. Uma última explicação seria que as formas hemorrágicas da dengue estariam mais associadas ao tipo 2 do vírus.
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O mosquito
O Aedes aegypti pertence à família Culicidae, a qual apresenta duas fases ecológicas interdependentes: a aquática, que inclui três etapas de desenvolvimento - ovo, larva e pupa -, e a terrestre, que corresponde ao mosquito adulto.
A duração do ciclo de vida, em condições favoráveis, é de aproximadamente 10 dias, a partir da oviposição até a idade adulta. Diversos fatores influem na duração desse período, entre eles a temperatura e a oferta de alimentos.
Detalhes do ciclo de vida
OVO
Os ovos são depositados pela fêmeas acima de meio líquido à superfície da água, ficando aderidos à parede interna dos recipientes. Após a postura tem início o período de incubação, que em condições favoráveis dura 2 a 3 dias, quando estarão prontos para eclodir. A resistência à dessecação aumenta conforme os ovos ficam mais velhos, ou seja, a resistência aumenta quanto mais próximos estiverem do final de desenvolvimento embrionário. Este completo, eles podem se manter viáveis por 6 a 8 meses. A fase de ovo é a de maior resistência de seu biociclo.
LARVA
As larvas são providas de grande mobilidade e têm como função primária o crescimento. Passam a maior pare do tempo alimentando-se de substâncias orgânicas, bactérias, fungos e protozoários existentes na água. Não selecionam alimentos, o que facilita a ação dos larvicidas, bem como não toleram elevadas concentrações de matéria orgânica na água. A duração da fase larval, em condições favoráveis de temperatura (25 a 29º C) e de boa oferta de alimentos, é de 5 a 10 dias, podendo se prolongar por algumas semanas em ambiente adequado.
PUPA
A pupa não se alimenta, apenas respira e é dotada de boa mobilidade. Raramente é afetada por ação de larvicida. A duração da fase pupal, em condições favoráveis de temperatura é de 2 dias em média.
ADULTO
Macho e fêmea alimentam-se de néctar e sucos vegetais, sendo que a fêmea depois do acasalamento, necessita de sangue para a maturação dos ovos. Há uma relação direta, nos países tropicais, entre as chuvas e o aumento do número de vetores. A temperatura influi na transmissão da dengue. Raramente ocorre transmissão da dengue em temperaturas abaixo de 16º C. A transmissão ocorre preferencialmente em temperaturas superiores a 20º C. A temperatura ideal para a proliferação do Aedes aegypti estaria em torno de 30 a 32 ºC.
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Medidas gerais de prevenção
O melhor método para se combater a dengue é evitando a procriação do mosquito Aedes aegypti, que é feita em ambientes úmidos em água parada, seja ela limpa ou suja.
A fêmea do mosquito deposita os ovos na parede de recipientes (caixas d'água, latas, pneus, cacos de vidro etc.) que contenham água mais ou menos limpa e esses ovos não morrem mesmo que o recipiente fique seco. Não adianta, portanto, apenas substituir a água, mesmo que isso seja feito com freqüência. Desses ovos surgem as larvas, que, depois de algum tempo vivendo na água, vão formar novos mosquitos adultos.
O combate ao mosquito deve ser feito de duas maneiras: eliminando os mosquitos adultos e, principalmente, acabando com os criadouros de larvas. Para eliminação dos criadouros é importante que sejam adotadas as seguintes medidas:
- Não se deve deixar objetos que possam acumular água expostos à chuva. Os recipientes de água devem ser cuidadosamente limpos e tampados. Não adianta apenas trocar a água, pois os ovos do mosquito ficam aderidos às paredes dos recipientes. Portanto, o que deve ser feito, em casa, escolas, creches e no trabalho, é:
• substituir a água dos vasos das plantas por terra e esvaziar o prato coletor, lavando-o com auxílio de uma escova;
• utilizar água tratada com água sanitária a 2,5% (40 gotas por litro de água) para regar bromélias, duas vezes por semana*. 40 gotas = 2ml;
• não deixar acumular água nas calhas do telhado;
• não deixar expostos à chuva pneus velhos ou objetos (latas, garrafas, cacos de vidro) que possam acumular água;
• acondicionar o lixo domiciliar em sacos plásticos fechados ou latões com tampa;
• tampar cuidadosamente caixas d'água, filtros, barris, tambores, cisternas etc.
Para reduzir a população do mosquito adulto, é feita a aplicação de inseticida através do "fumacê", que deve ser empregado apenas quando está ocorrendo epidemias. O "fumacê" não acaba com os criadouros e precisa ser sempre repetido, o que é indesejável, para matar os mosquitos que vão se formando. Por isso, é importante eliminar os criadouros do mosquito transmissor. Além da dengue, se estará também evitando que a febre amarela, que não ocorre nas cidades brasileiras desde 1942, volte a ser transmitida.
- Medidas eficazes em residências, escolas e locais de trabalho (arquivo em PDF): Clique aqui
- Medidas Individuais de Prevenção
Devem ser adotadas medidas de proteção contra infecções transmitidas por insetos, que são as mesmas empregadas contra a febre amarela e a malária. É importante saber que, embora a transmissão dessas doenças possa ocorrer ao ar livre, o risco maior é no interior de habitações.
Em locais de maior ocorrência dessas doenças, deve-se usar, sempre que possível, calças e camisas de manga comprida, e repelentes contra insetos à base de DEET nas roupas e no corpo, sempre observando a concentração máxima para crianças (10%) e adultos (30%). Pessoas que estiveram em uma área de risco para dengue e que apresentem febre, durante ou após a viagem, devem procurar um Serviço de Saúde.
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Perguntas mais frequentes
1. O que é dengue?
É uma virose transmitida por um tipo de mosquito (Aedes aegypti) que pica apenas durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica de noite. A infecção pode ser causada por qualquer um dos quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do vírus da dengue, que produzem as mesmas manifestações. Em geral, o início é súbito com febre alta, dor de cabeça e muita dor no corpo. É comum a sensação de intenso cansaço, a falta de apetite e, por vezes, náuseas e vômitos. Podem aparecer manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo ou da rubéola, e prurido (coceira) no corpo. Pode ocorrer, às vezes, algum tipo de sangramento (em geral no nariz ou nas gengivas). A dengue não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra.
2. O que uma pessoa deve fazer se achar que está com dengue?
- Procurar um Serviço de Saúde logo no começo dos sintomas. Diversas doenças são muito parecidas com a dengue, e têm outro tipo de tratamento.
- Beber bastante líquido, evitando-se as bebidas com cafeína (café, chá preto). Não tomar remédios por conta própria, mesmo aqueles normalmente indicados para dor ou febre. Todos os medicamentos podem ter efeitos colaterais e alguns que podem até piorar a doença. A dengue não tem tratamento específico. Os medicamentos são empregados para atenuar as manifestações (dor, febre).
- Informar ao médico se estiver em uso de qualquer remédio. Alguns medicamentos utilizados no tratamento de outras doenças (Marevan®, Ticlid® etc.) podem aumentar o risco de sangramentos.
- Não tomar nenhum remédio para dor ou para febre que contenha ácido acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®, Melhoral® etc.) - que pode aumentar o risco de sangramento.
Os antiinflamatórios (Voltaren®, Profenid ® etc) também não devem ser utilizados como antitérmicos pelo risco de efeitos colaterais, como hemorragia digestiva e reações alérgicas.
Os remédios que tem dipirona (Novalgina®, Dorflex®, Anador® etc.) devem ser evitados, pois podem diminuir a pressão ou, às vezes, causar manchas de pele parecidas com as da dengue.
O paracetamol (Dôrico®, Tylenol® etc), mais utilizado para tratar a dor e a febre na dengue, deve ser tomado rigorosamente nas doses e no intervalo prescritos pelo médico, uma vez que em doses muito altas pode causar lesão hepática.
3. Como é feito o diagnóstico de dengue?
O diagnóstico inicial de dengue é clínico (história + e exame físico da pessoa) feito essencialmente por exclusão de outras doenças. Feito o diagnóstico clínico de dengue, alguns exames (hematócrito, contagem de plaquetas) podem trazer informações úteis quando analisados por um médico, mas não comprovam o diagnóstico, uma vez que também podem estar alterados em várias outras infecções. A comprovação do diagnóstico, se for desejada por algum motivo, pode ser feita através de sorologia (exame que detecta a presença de anticorpos contra o vírus da dengue), que começa a ficar reativa ("positiva") a partir do quarto dia de doença.
4. É necessário esperar o resultado de exames para iniciar o tratamento?
Não. Uma vez que, excluídas clinicamente outras doenças, a dengue passa a ser o diagnóstico mais provável, os resultados de exames (que podem demorar muito) não podem retardar o início do tratamento. O tratamento da dengue é feito, na maioria das vezes, com uma solução para reidratação oral (disponível nas Unidades de Saúde), que deve ser iniciada o mais rápido possível.
5. A comprovação do diagnóstico de dengue é útil para o tratamento da pessoa doente?
Não. A comprovação sorológica do diagnóstico de dengue poderá ser útil para outras finalidades (vigilância epidemiológica, estatísticas) e é um direito do doente, mas o resultado do exame comumente estará disponível apenas após a pessoa ter melhorado, o que o torna inútil para a condução do tratamento. O exame sorológico também não permite dizer qual o tipo de vírus que causou a infecção (o que é irrelevante) e nem se a dengue é "hemorrágica".
6. O que é dengue "hemorrágica"?
Dengue "hemorrágica" é a dengue mais grave. Apesar do nome, que é impreciso, o principal perigo da dengue "hemorrágica" não são os sangramentos, mas sim a pressão arterial muito baixa (choque). É importante saber que outras doenças, como a meningite meningocócica, podem ser muito parecidas com a dengue, embora a pessoa fique grave muito mais rápido (logo no primeiro ou segundo dia de doença). A dengue pode se tornar mais grave apenas quando a febre começa a diminuir. O período mais perigoso está nos três primeiros dias depois que a febre começa a desaparecer. Pode aparecer qualquer uma dessas alterações:
- dor no fígado (nas costelas, do lado direito)
- tonteiras, desmaios
- pele fria e pegajosa, suor frio
- sangramentos
- fezes escuras, parecidas com borra de café
7. O que fazer se aparecer qualquer um desses sintomas?
Procurar imediatamente o Centro Municipal de Saúde ou o Hospital mais próximo.
8. A dengue "hemorrágica" só ocorre em quem tem dengue pela segunda vez?
Não. A forma grave da dengue também pode ocorrer em quem tem a doença pela primeira vez.
9. A dengue "hemorrágica" é obrigatória em que tem a doença pela segunda vez?
Não. O risco é maior do que na primeira infecção, mas a imensa maioria das pessoas que têm a doença pela segunda ou terceira vez não apresenta a forma grave da dengue.
10. Quantas vezes uma pessoa pode ter dengue?
Até quatro vezes, pois existem quatro tipos diferentes do vírus da dengue (1, 2, 3 e 4). No Rio de Janeiro, até agora, existem os tipos 1, 2 e 3. Cada vez que a pessoa tem dengue por um tipo, fica permanentemente protegido contra novas infecções por aquele tipo. É por isso que só se pode ter dengue quatro vezes.
11. Quem teve dengue fica com alguma complicação?
Não. A recuperação costuma ser total. É comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de cansaço, que desaparece completamente com o tempo.
12. Todo mundo que é picado pelo Aedes aegypti fica doente?
Não. Primeiro é preciso que o Aëdes esteja contaminado com o vírus da dengue. Além disso, cerca de metade das pessoas que são picadas pelo mosquito que tem o vírus não apresenta qualquer sintoma.
13. O que fazer para diminuir o risco de pegar dengue?
O Aedes aegypti é um mosquito doméstico, que vive dentro ou nas proximidades das habitações. O único modo possível de evitar ou reduzir a duração de uma epidemia e impedir a introdução de um novo tipo do vírus da dengue é a eliminação dos transmissores. Isso é muito importante porque, além da dengue, o Aedes aegypti também pode transmitir a febre amarela.
O "fumacê" é útil para matar os mosquitos adultos, mas não acaba com os ovos. Por isso, deve ser empregado apenas em períodos de epidemias com o objetivo de interromper rapidamente a transmissão. O mais importante é procurar acabar com os criadouros dos mosquitos. Qualquer coleção de água limpa e parada, inclusive em plantas que acumulam água (bromélias), pode servir de criadouro para o Aedes aegypti.
Doença infecciosa febril aguda, que pode ser de curso benigno ou grave, dependendo da forma como se apresente. Há dois tipos de dengue: a clássica e a hemorrágica. Geralmente, quando contaminada pela primeira vez, a pessoa contrai a dengue clássica. Em uma segunda contaminação, existe um risco muito maior de se contrair a dengue hemorrágica, que é muito mais grave e pode levar à morte.
Causa
A dengue é uma doença causada pelo vírus do gênero Flavírus que se hospeda no mosquito Aedes aegypti.
Transmissão
A transmissão da dengue se dá através da picada do mosquito Aedes aegypt infectado pelo vírus causador da dengue. Ao contrário de outras doenças virais, a dengue não é transmitida pelo contato físico com doentes ou contato com as suas secreções. Depois de ser picada pelo mosquito transmissor da dengue, a pessoa fica com a doença incubada por um período de 3 a 15 dias.
Principais sinais e sintomas
A dengue pode ser do tipo clássica ou do tipo hemorrágica. A primeira possui um quadro clínico muito variável. Normalmente o primeiro sintoma é febre alta (de 39º a 40º), seguida de dor de cabeça. Conforme evolui, esse tipo de dengue ocasiona outros sintomas, dentro os quais podem ser destacados dores oculares, náuseas e vômitos. Os sintomas também variam de acordo com a idade do paciente. Em algumas crianças, nota-se o surgimento de dores abdominais. Nos adultos, podem acontecer sangramentos na gengiva e outras pequenas hemorragias.
A dengue do tipo hemorrágica é a mais perigosa. A fase mais grave desse tipo de dengue acontece durante o intervalo entre o período febril e não-febril, que ocorre após o 3º dia da doença. A pessoa acaba sentindo uma falsa sensação de melhora e, em seguida, piora. O quadro clínico é muito parecido com a do tipo clássica, mas evolui rapidamente e pode levar à morte.
Tratamento
Não há um tratamento específico para a dengue do tipo clássica. A medicação, principalmente analgésicos e anti-térmicos, é utilizada apenas para tratar os sintomas. O repouso e a hidratação do organismo também fazem parte do tratamento.
Os pacientes com dengue hemorrágica devem ser observados com muito cuidado e, ao menor sinal de identificação dos primeiros sinais de choque, como a queda de pressão arterial, a pessoa deve procurar ajuda médica.
A Funasa (Fundação Nacional de Saúde) alerta que alguns dos sintomas da dengue só podem ser diagnosticados por um médico. Pessoas com dengue ou com suspeita de dengue devem evitar, sob qualquer circunstância, os remédios derivados de salicilatos (ácido acetilsalicílico), como o AAS e a Aspirina.
Prevenção
O combate ao mosquito transmissor da doença é o caminho para evitar a epidemia. As larvas do mosquito da dengue são encontradas normalmente em águas paradas limpas ou semilimpas. A única maneira de impedir a reprodução do Aedes aegypti é vedar caixas d'água, cobrir tonéis, proteger recipientes da chuva ou emborcar garrafas, latas, pneus e outros objetos que possam acumular água.A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é transmitida através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo.
Tipos de Dengue
Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
No Brasil, já foram encontrados da dengue tipo 1, 2 e 3. A dengue de tipo 4 foi identificada apenas na Costa Rica.
Formas de apresentação
A dengue pode se apresentar – clinicamente - de quatro formas diferentes formas: Infecção Inaparente, Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue. Dentre eles, destacam-se a Dengue Clássica e a Febre Hemorrágica da Dengue.
- Infecção Inaparente
A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma. A grande maioria das infecções da dengue não apresenta sintomas. Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.
- Dengue Clássica
A Dengue Clássica é uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros sintomas.
Os sintomas da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição.
- Dengue Hemorrágica
A Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto de evolução da doença, surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pelo e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica pode provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.
Na Dengue Hemorrágica, assim que os sintomas de febre acabam a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
- Síndrome de Choque da Dengue
Esta é a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por uma grande queda ou ausência de pressão arterial. A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência. Neste tipo de apresentação da doença, há registros de várias complicações, como alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.
Entre as principais manifestações neurológicas, destacam-se: delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia, paralisias e sinais de meningite Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
1. A dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado com o vírus. Esse mosquito costuma picar durante o dia, principalmente no início da manhã e no final da tarde.
2. Os sintomas da dengue são febre, dor de cabeça, dor no corpo e dor por trás dos olhos. A pessoa com dengue pode também apresentar dor nas juntas e manchas vermelhas na pele.
3. A pessoa que contrair a doença deve procurar o serviço de saúde, evitar o uso de medicamentos á base de ácido acetil salicílico, como aspirina, AAS, melhoral, entre outros, e ingerir líquidos em abundância.
4. A melhor maneira de prevenir a dengue é impedir a reprodução do mosquito. O mosquito procura água acumulada para colocar seus ovos em recipientes como pneus, latas, garrafas plásticas, vasos de planta, caixas-d' água destampadas e piscinas não tratadas, entre outros.
O combate à dengue tem que se tornar uma rotina diária, um hábito saudável a ser praticado todos os dias. Não podemos relaxar porque os ovos do mosquito da dengue continuam vivos por até um ano. Se agente não combater a dengue todos os dias, esse problema vai continuar.
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Sexta-feira, Abril 20, 2007
As seqüelas da dengue
O sofrimento não acabou
Em conversas ouvidas na cidade, ex-dengosos (vitimas da dengue) manifestaram preocupação ao ouvir de certo médico, que a nova epidemia decorrente da picada do mosquito poderá abalar ainda mais a saúde das mesmas_ “As seqüelas” que atacam o fígado e o sangue também conhecida por hepatite.
Embora esta doença seja atualmente conhecida, não sabe-se ainda qual tipo dela poderá ocorrer. Um dos tipos conhecidos é o transmitido por contato físico e outra de origem genética.
A hepatite causa fraqueza, vômitos, tonturas, amarelamento de pele e olhos.
Pratos, copos, talheres devem ser separados e lavados a parte. O mesmo tratamento deve ser dado as roupas de cama e banho.
O doente precisará ingerir liquido sem quantidade, repouso absoluto e ter uma alimentação leve e livre de gorduras.
Longe está, dar-me “ares de Doutora sem diploma”, mas a experiência no cuidado com minhas filhas que infelizmente já contraíram sinusite, nefrite, pneumonia, catapora, caxumba e sarampo me leva dizer ao leitor que todo o cuidado é pouco. Uma de minhas filhas contraiu hepatite aqui mesmo em Ubatuba quando contava treze anos de idade.
Com certeza, agora o que precisamos são as informações da Secretaria da Saúde e demais autoridades.
Estas informações, a respeito de uma epidemia pós-dengue procedem? Se procedem, o que está sendo feito para o combate?
Qual o tipo de hepatite poderá ocorrer?
Esperamos que tomem as providências e não deixem que a situação se agrave até chegarmos a níveis epidêmicos incontroláveis.
Teremos médicos disponíveis para atender os doentes ou vamos todos ter que procurar socorro em Caraguá?
A população desta cidade é consciente de que a Secretaria de Saúde, em todas as gestões anteriores, adquiriu o mau hábito de “calar e ocultar” a verdade quando o assunto se trata de epidemias, inclusive alterando o número de casos das doenças. Sempre induzida a agir dessa forma por influência do Governo Municipal.
Para não alarmar os habitantes e não afastar os turistas de nossa cidade é necessário que se esqueça as prioridades?
A saúde de minha família e de meus semelhantes é menos importante que o Turismo?
Além de que estaremos colocando até mesmo o Turista em risco de levar uma de nossas doenças como “lembrancinha da Cidade”.
Aedes aegypt e podem matar, mas há uma enorme diferença entre elas: a febre amarela é prevenível por vacina, a dengue não. Esse é um fator decisivo entre pegar ou não a doença, morrer ou não.” Talvez aqui, a colunista da Folha queira justificar porque o mesmo barulho feito pelos jornalistas contra o governo federal no caso da suposta epidemia da febre amarela não tenha verificado-se quando ocorreu o surto de dengue no Rio de Janeiro, fruto também da incompetência dos órgãos públicos da prefeitura comandada pelo “Democratas”.
Na seqüência, a colunista diz: “A mídia teve um papel fundamental ao alertar a população para o aumento da incidência da febre amarela, seus riscos, o combate ao mosquito e a vacinação. Nunca vai se saber quantas centenas de vidas foram salvas neste país pela ação diligente de jornais, rádios, TVs. Apesar disso, a mídia, ao invés de receber só elogios por cumprir seu papel, está ameaçada de processos por ter "gerado pânico" (?!).” Brilhante. A mesma jornalista só não explicou porque os diligentes jornais, rádios e TVs não explicaram de forma clara que a febre amarela não é transmitida em áreas urbanas e que há pessoas que podem ter problemas ao vacinar-se. A corrida desenfreada à vacinação levou ao esvaziamento dos estoques de vacinas, a pessoas sofrerem conseqüências graves (há até caso de uma morte) por terem tomado a vacina sem poderem.
A argumentação é, no mínimo, absurda. É papel sim do jornalismo informar a população, mas há uma diferença entre prestar um serviço (de informação) e levar ao alarmismo. Espera-se que o jornalismo seja um espaço onde os problemas devam ser tratados com serenidade e racionalidade. Caso contrário, vamos propor uma ação diligente dos jornais, TV e rádios para que a população seja alertada para o aumento da violência urbana e comece a se armar, a se defender por conta própria ou ainda a contratar matadores para evitar que “vidas sejam salvas”. É o primórdio de uma ação de cunho moralista (privado) sobre uma de cunho ético (público).
O jornalismo nasce, justamente, como atividade de expansão e consolidação da esfera pública. No projeto iluminista, a esfera pública constitui-se, justamente, da possibilidade de ação autônoma dos cidadãos. A autonomia do indivíduo vem, justamente, da capacidade deste raciocinar e pensar, dentro de normas éticas, os problemas vividos coletivamente. Por isto, as críticas de pensadores ao projeto iluminista é que as estruturas sociais do capitalismo impedem a constituição desta autonomia individual e os cidadãos agem muito mais impelidos por forças externas (gerando aí, em vez da autonomia, a heteronomia).
Esta é a crítica que a sociedade civil vem fazendo à mídia. O papel dela não é mobilizar corações e mentes para determinadas ações – como transparece no texto de Eliane Catanhêde – e sim fornecer elementos para que os cidadãos tomem posições e atitudes racionais para resolução coletiva dos problemas. E para isto nada adianta textos como o de Clóvis Rossi – “educa-a (a sociedade) a renunciar a bens e ao direito de ir e vir, sob pena de perder ambos e mais a vida. É um país muito medíocre.” (FSP, 25/03/2008) – quando comenta a (absurda) orientação da Secretaria Nacional de Direitos Humanos de orientar a população a ser “cuidadosa” nas abordagens policiais. Chamar o país de medíocre (de forma arrogante, como se ele não fizesse parte deste país e também não fosse, como formador de opinião, co- responsável por isto) é a mesma postura de muitos brasileiros que admitem existir racismo no país, mas não admitem ser racistas.
Ao mesmo tempo em que estas opiniões são verbalizadas, o problema da brutal concentração de renda que é estrutural no país passa ao largo das análises políticas. Pior: há uma tendência até de condenar como eleitoreiras propostas que tentam minimizar esta situação (a coluna Painel, da FSP, chegou a chamar o “Bolsa-Família” de mensalinho, toda a cobertura dos programas sociais do governo federal é abordada sob a ótica de projeto eleitoreiro, como o “Territórios da Cidadania”).
No fundo, o que se observa é um “mal-estar” da classe média. Incompetente para articular um projeto de constituição de uma esfera pública ampla e de um Estado de bem estar social que garantisse um mínimo de proteção social para todos que, inclusive, garantiria uma estabilidade para a sua própria condição de classe média, este segmentos social entra em crise ao observar que a sua postura de encarar direitos como privilégios corre risco, a medida que as instabilidades econômicas encarecem os custos destes privilégios. Acrescente-se a participação maior, de forma autônoma, das classes subalternas na esfera pública que força os governantes a priorizarem suas demandas sociais.
No fim, o país medíocre presente no final do comentário de Rossi expressa justamente este mal estar de uma classe média que sempre pretendeu ser européia mas é obrigada a conviver com um mar de pessoas pobres – e pobres que já não se portam mais como “coitadinhos obedientes” mas pessoas que ousam ser diferentes e que querem ter sua própria voz na esfera pública. A angústia de Lúcia Hipólito, no ano passado, permanece: “será que as pessoas não estão entendendo o que estamos falando?” Estão, sim, mas não estão a fim de seguir estes passos. E esta mídia, ao contrário do que deseja Catanhêde, não vai ser elogiada e sim contestada.
Exames de sangue feitos em Manaus mostram que a dengue tipo 4, uma variante dessa doença viral que não era identificada no Brasil desde 1982, está de volta ao país. Embora a infecção por essa forma do vírus (o DENV-4, como o chamam os especialistas) não seja, por si só, muito agressiva, o retorno dela é, ainda sim, uma má notícia para a saúde pública brasileira. Isso porque as pessoas que já tiveram alguma das outras três formas da dengue não estão imunes contra o DENV-4 -- e a reinfecção com a doença aumenta a chance de que elas desenvolvam a forma hemorrágica da doença, muito mais letal.
A descoberta está descrita num artigo na edição de abril da revista científica "Emerging Infectious Diseases", assinado por uma equipe de pesquisadores do Amazonas. Segundo a primeira autora do estudo, Regina Maria Pinto de Figueiredo, da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, a identificação do DENV-4 em três pacientes que vivem e trabalham em Manaus não deixa margem para dúvidas.
"Essas primeiras amostras vieram de pessoas que não tinham viajado para fora do país. Mas, depois disso, achamos um paciente que tinha estado na Venezuela", conta a pesquisadora. A conexão com o país caribenho faz sentido quando se leva em conta o fato de que essa forma da dengue é endêmica -- ou seja, bastante comum -- tanto no território venezuelano quanto no colombiano. É a segunda vez que o DENV-4 é isolado no Brasil -- antes disso, tal variante do vírus havia sido encontrada no ano de 1982, em Roraima.
Da malária à dengue
Para chegar à identificação, os pesquisadores analisaram o sangue de pacientes com sintomas que, inicialmente, lembravam os da malária. "Existe uma semelhança nos sintomas das duas doenças e, na fundação, costumamos usar isso para ajudar na triagem dos possíveis pacientes de dengue", explica pesquisadora.
A presença do DENV-4 -- em um dos pacientes, já convivendo com o DENV-3, ou tipo 3 do vírus -- foi confirmada por meio de anticorpos específicos dessa forma do parasita e também pela análise do material genético viral (que, diferentemente do nosso, se resume ao RNA, a molécula-irmã do DNA).
Por enquanto, há poucos indícios de que o DENV-4, sozinho, seja capaz de causar muito estrago. Na Colômbia, por exemplo, é mais comum que as pessoas com DENV-2 desenvolvam dengue hemorrágica. O problema, lembra Figueiredo, "é que a nossa população já foi infectada amplamente com os outros tipos do vírus". No caso da dengue, trata-se do pior dos mundos: se por um lado o sistema de defesa do organismo já possui uma "memória" da infecção pela doença, o efeito de um novo subtipo do vírus é exacerbar a resposta defensiva de forma que favorece justamente o aparecimento da dengue hemorrágica.
Quais as chances de o DENV-4 se espalhar para o resto do Brasil? Altas, diz acreditar a pesquisadora. "É muito comum o pessoal daqui [de Manaus] ir passar férias na Bahia e no Rio de Janeiro. E também há muitos turistas de outras regiões que visitam Manaus." Bastaria uma picada de mosquito para passar a infecção adiante. Um evento, aliás, que já pode ter acontecido -- embora o DENV-4 só tenha sido flagrado agora, não dá para garantir que ele não esteja circulando há mais tempo pelo Brasil
grata Ana Luisa Paixão de Moraes;
Filha de Nívia de Souza Paixão(enfermeira do Ferreira Machado)
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