terça-feira, 29 de novembro de 2011

INCIDÊNCIA DE QUEDAS DE IDOSOS É RELACIONADA AO MEDO DE CAIR

Insegurança causada por alterações naturais da idade é a principal causa dos tombos

Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), concluiu que quanto mais um idoso tem medo de cair, maiores são as chances de haver a queda. Os resultados da pesquisa foram obtidos a partir de testes feitos com 38 idosos com idade acima de 60 anos.

Foram realizados três testes, que tinham como objetivo relacionar o raciocínio e a percepção espacial com as respostas motoras. Neles, os idosos tiveram que executar diferentes tarefas. Foram testadas correlações entre as tarefas de raciocínio e a chamada Escala de Risco de Queda (ERQ).

Esse indicador é o que mede o medo de cair durante a realização de atividades diárias, que consistiu em dezesseis perguntas, cuja reposta dos idosos variavam numa pontuação de 1 (não estou preocupado) a 4 (estou muito preocupado).

Ao relacionar as duas escalas, os pesquisadores chegaram à conclusão de que quanto maior a preocupação de queda do idoso, menor era sua pontuação na escala, portanto, menor era seu equilíbrio. 
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No primeiro teste, chamado de teste de trilhas, foi usada uma folha de papel contendo círculos numerados de 1 a 25, dispostos em ordem aleatória.

O idoso tinha que ligar os círculos, riscando o papel com um lápis. Este teste avaliava a habilidade de escaneamento visual, sequenciamento e velocidade de raciocínio.

Depois, além de círculos com números, os idosos tinham que ligar números de 1 a 12 na folha de papel, alternados com letras de A à M (exemplo: 1, A, 2, B...). Esse teste avaliava a flexibilidade mental e memória operacional, que armazena uma ou mais informações, momentaneamente para a realização de uma atividade.

Por último, os idosos tiveram que executar o teste de cancelamento de estrelas. Nele, 52 estrelas desenhadas em folhas de papel, eram distribuídas de maneira uniforme e o idoso devia riscar as pequenas, ignorando as grandes. O teste analisou a percepção espacial dos idosos.

Antes dos testes, os idosos foram questionados também sobre o medo de queda que sentiam enquanto faziam as diferentes atividades do dia a dia.

Para se chegar aos resultados finais da pesquisa, foram testadas ainda, correlações entre o tempo que os idosos executavam cada tarefa de raciocínio (teste de trilhas e teste de cancelamento de estrelas) com a Escala de Equilíbrio de Berg (EEB), que mede o equilíbrio estático e dinâmico em atividades, tais como alcançar um objeto, girar o corpo, transferir-se a outro local, permanecer em pé e levantar-se.

Fonte: USP

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