segunda-feira, 25 de outubro de 2010

UMA EMOÇÃO...

Ontem no Circuito Unimed de Natação, após dar os materiais de trabalho para alguns colaboradores, tipo: medalhas, ticket de sorvete, programas, etc, um adolescente com sindrome de Down se aproximou de mim e me carinhou. Sua atitude foi, por mim interpretada, como se ele estivesse interessado em algo. Durante o transcorrer do evento o adolescente não descolou da minha presença e, diga-se de passagem, eu não o conhecia e sequer tinha o visto em alguma ocasião, pelo menos que recordasse.

Procurei, então, saber dele e dos demais professores presentes se ele era aluno de algum deles e se sabiam de qual Instituição ele fazia parte. Não obtive sucesso na pesquisa. Ninguém soube me responder, inclusive ele próprio (o menino).

Daí que percebendo, por intuição, que o menino desejava mesmo algo, num ato corajoso e intuitivo, lhe prometi a sua participação em uma prova. Designei então que dois colaboradores ficassem dentro da piscina e o acompanhasse de perto. Promovi a prova como sendo a mais importante do evento. Disse ao microfone para o público que iria acontecer uma participação de um atleta de elite, um atleta olimpico. Após o menino subir a plataforma, ele como um verdadeiro atleta fez um aquecimento do seu jeito e eu enalteci sua atitude. Ato contínuo, o adolescente fez o sinal da cruz e uma breve oração. Da mesma forma enalteci sua fé. Passei a prova para o árbitro de partida, que didaticamente utilizou do mesmo comando de uma prova olimpica (oficial).

O menino então largou para nadar 25 metros, com a segurança dos colaboradores dentro da piscina. Começou com o nado de peito, mudou para o livre e derrepente deu uma "golfinhada" e chegou a borda contrária em apnéia, ou seja, por debaixo d´água. Num ato surpreendente o menino voltou nadando com variados estilos. Durante essa sua apresentação, utilizando o microfone, procurei chamar a atenção do público presente para sua performance.

Ao completar os 50 metros o adolescente saiu da piscina entusiasmado e muito eufórico, e ao mesmo tempo que agradecia os aplausos ele pedia mais, utilizando gestos identicos ao que os jogadores de futebol fazem em algumas partidas. O público atendeu seu apelo e efusivamente ovacionou-o.

Para mim, aquele momento já justificava todo o trabalho de se realizar um evento desse porte, tradição e importância. Pensei: "nunca mais na sua vida esse menino vai esquecer deste momento." Uma grande emoção senti.

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